Análise | Detroit: Become Human

João Antônio João Antônio
6 Min Read
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Humanos vs Androides

Em uma Detroit futurista onde a convivência entre humanos e androides é algo normal, Influências de filmes como AI: Inteligência Artificial(2001) e Ex-Machina(2014), que abordam muito bem a existência de máquinas que passam a ter sentimentos, e como elas são tratadas na sociedade onde vivem. O ano é 2038, Os androides são a maior conquista da humanidade. Estes tem a capacidade de pensar e entender tudo ao seu redor. No entanto por algo motivo os androides passaram tomar uma postura diferente na qual foram programados.

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A história é contada a partir da perspectiva de três androides, cada um com sua vida, situações e motivações. A narrativa é bem profunda e evidencia os fatos e situações de forma aleatória. Nós assumimos o papel de três androides: Kara, Connor e Markus, na qual a trama é contada através de suas perspectivas.  Em um evento jogamos com Connor; em outro com Kara e por fim com Markus,. Assim como em Heavy Rain, cada personagem tem seu dilema e nós decidimos seu futuro e das pessoas que o cercam. E sem dúvida é um dos grandes ponto de Detroit.

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O poder das escolhas

O arco dos personagens são bem desenvolvidos conseguindo transmitir toda a carga emocional que carregam. No entanto, são as nossas escolhas que ditam o curso dos personagens e de tudo ao nosso redor. O sistema de diálogos está mais variado e repleto de ramificações, que influenciam não somente em um acontecimento em si, mas também na sua progressão com três personagens.

O jogo possui um diagrama com todos os possíveis resultados de suas ações durante cada evento. Levando em consideração que cada escolha é acumulativa e tem um impacto relevante no ambiente ao seu redor. Todo este peso na escolha de qual decisão tomar, fazem destes momentos únicos, transmitindo toda a carga emocional dos personagens para nós jogadores. Por outro lado a trama é muito arquitetada e cheia de reviravolta, deixando o jogador cheio de questionamentos, bem como a forma de como ela vai interligando os fatos e cada personagem em um único ponto, faz deste enredo uma obra-prima. Entretanto há algumas falhas, estas que estão relacionadas com acontecimentos não esclarecidos durante jogo. Tendo em vista que ã há escolhas dentro jogo que leve você ou lhe distancie sobre o conhecimento do fato, simplesmente foi algo que foi evidenciado no jogo e não foi esclarecido.

O jeito Quantic Dream de ser

A Quantic Dream é bem conhecida sobre estilo de gameplay que ela adota em seus jogos. De certo, em Detroit: Become Human não foi diferente, o que é triste. Porém o que diferencia seu gameplay dos demais é o contexto em si, que por sua vez está bem variado, pois cada personagem possui seu estilo de jogo. Connor tem um progressão voltado mais para investigação, tirando as escolhas, que isto é padrão; Kara é voltado mais para momentos tensos e repletos de carga emocional; e Markus traz um ar mais de ação e aventura à jogatina. Mas se voltarmos um pouquinho no tempo, Heavy Rain apresentou bem antes mesma proposta. Não é verdade? Enfim, Detroit poderia ter inovado mais, deixando de lado o tradicionalismo e apostando em algo novo.

Uma Detroit Estonteante

O gráfico de Detroit: Become Human é paradoxal. A representação de uma Detroit futurista é impecável, tanto nos detalhes como nos aspectos sociais e tecnológicos. Sua ambientação é bastante imersiva, transmitindo todo o momento que a cidade está vivendo, contudo ela é bem “pé no chão”. Mesmo ambientado em um futuro bem distante do que vivemos, ela não leva em grande escala o avanço da tecnologia. Não espere ver carros voadores ou algo do tipo, tudo é bem sutil e nada estrambólico. Os níveis de detalhes apresentados nos personagens, no efeito de iluminação bem como nos efeito de chuva é impecável. Você pode até se questionar por se tratar de  um jogo bastante linear, tudo facilita. Sim, no entanto tudo é colocado e destacado propositalmente, dando um brilho em tudo que está inserido naquele ambiente.

O Veredito

Em suma, Detorit: Become Human inovou seu gênero, trazendo uma trama mais profunda, com inúmeras variações nas escolhas e gráficos super realistas. Porém toda essa evolução se limitou-se com uma falta de inovação por parte da empresa,não se desapegando com tradicionalismo. De certo, só nos resta esperar por títulos futuros e se estes virão ou não de fato inovadores.

 

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