<p>Durante cerimônia de comemoração dos 70 anos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o ministro da Economia, Paulo Guedes, lembrou que a instituição financeira deve à União e criticou posicionamento jurídico apresentado ao Tribunal de Contas da União (TCU). O evento aconteceu hoje (20), no auditório do edifício-sede do banco. O discurso foi acompanhado por funcionários, gestores do banco e convidados e também foi transmitido pelas redes sociais.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1466629&;o=node"><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1466629&;o=node"></p>



<p>A crítica de Guedes foi apresentada após ele destacar ;as novas diretrizes ;na administração do banco e classificar de &#8220;brilhante&#8221; o trabalho realizado nos últimos três anos. Segundo o ministro, nesse período, foram devolvidos cerca de R$ 260 bilhões.</p>



<p>&#8220;Ainda estão devendo. E nos aplicaram uma rasteira. O pessoal do jurídico que deve estar por aí foi ao TCU. A inflação subiu e quando a inflação sobe, aumenta o subsídio. A capitalização à base de empréstimo é com taxa longa fixa. Quando a inflação sobe, o Brasil está subsidiando o BNDES. Mas o jurídico do BNDES teve a coragem de ir ao TCU para convencer o TCU de que é o contrário. E o TCU caiu. Falaram que se devolvesse agora, haveria uma perda para o banco. É o contrário. O BNDES está se beneficiando. Vocês deveriam estar devolvendo porque o Brasil está precisando&#8221;, avaliou.</p>



<p>O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, comentou que foram devolvidos cerca de R$ 400 bilhões. &#8220;Não foi isso não&#8221;, insistiu Guedes. Em outro momento do discurso, ele voltou ao assunto. &#8220;Se for R$ 400 bilhões, está legal. Se for R$ 260 bilhões, está me devendo R$ 140 bilhões e tem que pagar até o fim do ano. E aí vocês têm que pegar o jurídico de vocês e falar para eles: &#8216;colabora aí&#8217;. Não nos obriga a pedir os dividendos. Se não vamos ter que falar: &#8216;então, me dá 100% dos dividendos'&#8221;, disse.</p>



<h1 id="gestao" class="rb-heading-index-0 wp-block-heading">Gestão</h1>



<p>Em seu discurso, Guedes elogiou a atuação do BNDES na desestatização da Eletrobras e da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). Também defendeu a privatização da Petrobras e do Banco do Brasil. Ele propôs que os recursos obtidos fossem usados para a criação de dois fundos a serem geridos pelo BNDES: um de erradicação de pobreza e outro de reconstrução nacional.</p>



<p>O ministro também defendeu a gestão econômica do governo federal e considerou que há desonestidade intelectual em análises que ignoram a tragédia humanitária e sanitária da pandemia de covid-19. &#8220;Todos os nossos movimentos são na direção correta. Começamos travando a primeira despesa que era a previdência. Depois, desalavancamos os bancos públicos para derrubar a relação dívida/PIB [Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país]&#8221;, afirmou, citando ainda a realização de uma reforma administrativa informal, reduzindo o tamanho do estado através da digitalização, evitando novas contratações.</p>



<h1 id="economia-mundial" class="rb-heading-index-1 wp-block-heading">Economia mundial</h1>



<p>Guedes apresentou um prognóstico de &#8220;dias piores&#8221; para a economia mundial, mas sustentou que o Brasil está no início de um novo ciclo de desenvolvimento e possui uma dinâmica de crescimento própria. &#8220;Estamos fora de sincronização com a economia mundial. Não acredite que se lá fora afundar, nós estamos perdidos. Não é verdade. Nós temos vitamina para crescer&#8221;, disse.</p>



<p>Em sua visão, o cenário para a Europa e para os Estados Unidos é de inflação e recessão. &#8220;O Brasil é o contrário. Levantamos, tomamos um tapa na cabeça e caímos de novo. Era a covid-19. Levantamos de novo e tomamos agora com essa guerra na Ucrânia. Mas a verdade é que nós temos resiliência, temos força e temos quase R$ 900 bilhões de investimentos para os próximos 10 anos&#8221;. Ele avalia ainda que os esforços mundiais em torno da segurança energética e da segurança alimentar abrem oportunidades para o país. &#8220;O Brasil está condenado a crescer&#8221;, afirma.</p>



<h1 id="programa-de-apoio" class="rb-heading-index-2 wp-block-heading">Programa de Apoio</h1>



<p>Durante a cerimônia também foi assinada a portaria da segunda edição do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac), em apoio a pequenas e médias empresas. A iniciativa é fruto de parceria entre o BNDES e o Ministério da Economia. A primeira edição surgiu em 2020 como uma medida para mitigar a crise causada pela covid-19. ; ;O Peac é operacionalizado por meio de um Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), que dá respaldo para que diferentes agentes financeiros concedam crédito com baixo risco de inadimplência. Segundo o BNDES, o programa já beneficiou 114 mil empresas em mais de 3,8 mil municípios. Em 2020, foram concedidos mais de R$ 92 bilhões por meio de 40 agentes financeiros. A nova edição contará com recursos já disponíveis no fundo garantidor, sem necessidade de novos aportes da União.</p>
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Ministro da Economia diz que BNDES ainda deve bilhões ao governo
Paulo Guedes participou da comemoração dos 70 anos do banco
