<p>Queixas de violência e demora nos pagamentos levaram recenseadores do Censo 2022 a se organizarem em um movimento que foi às ruas nessa quinta-feira (1º), em diversas capitais, para reivindicar melhores condições de trabalho. Nas redes sociais, postagens e imagens convocavam também para uma greve, mas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo Censo, afirma que a coleta de dados transcorre normalmente nesta sexta-feira.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1480631&;o=node"><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1480631&;o=node"></p>



<p>O Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge) afirma que não participou da convocação dos atos realizados ontem, mas que se coloca à disposição dos trabalhadores para ouvir as reivindicações, organizar assembleias e mediar o diálogo com o IBGE.</p>



<p>&#8220;Eles se mobilizaram e criaram um movimento nacional que é muito em rede, muito flexível e não tem uma instituição que consiga falar oficialmente por ele. São grupos de recenseadores que, de forma descentralizada, se manifestam de forma espontânea&#8221;, disse o diretor da Executiva Nacional da Assibge, Elvis Vitoriano da Silva.</p>



<p>O sindicato ainda está levantando a adesão à paralisação, mas informa que houve manifestações ao menos em Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belém, Recife, João Pessoa e cidades do interior de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Nessas manifestações, os recenseadores levantaram cartazes e faixas e pediram para levar suas reivindicações ao IBGE, segundo o Assibge, que esteve nos protestos para ouvir as demandas. O instituto, por sua vez, afirma que suas superintendências estaduais receberam os recenseadores e também ouviram suas queixas.</p>



<p>O diretor do sindicato ressalta que grande parte das reclamações que chegou à Assibge se deve ao fluxo de pagamentos. Os recenseadores recebem por produção e parte desse pagamento só é pago após as entrevistas passarem por uma supervisão. Os relatos são de problemas e demora ao longo desse processo.</p>



<p>&#8220;Tem um pouco de tudo: problemas no processamento dos pagamentos, problemas no tempo que leva para realizar o trabalho e passar pela supervisão e também tem algum resíduo de erro de cadastro dos recenseadores&#8221;.</p>



<p>Sobre esse ponto, o IBGE afirma que &#8220;mais de 99% dos problemas de atraso no pagamento dos recenseadores já foram sanados, desde a semana passada, e que novos procedimentos na rotina de pagamentos foram adotados, a partir desta semana, para agilizar o processo&#8221;.</p>



<p>Outra reclamação relatada pelos recenseadores é a violência durante o trabalho em campo, segundo Elvis Vitorino da Silva. Os casos vão desde roubos dos equipamentos usados para a coleta dos dados até denúncias de racismo e xingamentos.</p>



<p>&#8220;Tem gente que se recusa a receber o recenseador ou acaba agredindo por confundir com pesquisa eleitoral”, avalia.</p>



<p>O IBGE considera que os incidentes ocorridos com alguns recenseadores durante seu trabalho de coleta de dados foram pontuais. &#8220;As unidades estaduais do IBGE deram assistência aos servidores envolvidos e, quando necessário, orientações quanto ao registro da ocorrência junto aos órgãos de segurança pública&#8221;, afirma o instituto.</p>



<p>Além disso, o IBGE ressalta que os recenseadores e demais trabalhadores que atuam no Censo 2022 são servidores públicos federais, e crimes contra eles são sujeitos a investigações federais com base no artigo nº 144 da Constituição da República Federativa do Brasil.</p>



<p>Com informações da Agência Brasil</p>
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Censo 2022: recenseadores protestam contra demora de pagamento e violência
Nas redes sociais, trabalhadores convocaram greve.
