Intolerância religiosa responde por um terço dos processos de racismo no Brasil

&NewLine;<p>Um recente levantamento realizado pela startup JusRacial revelou que a intolerância religiosa representa uma fatia preocupante nos processos por racismo em trâmite nos tribunais brasileiros&comma; totalizando 33&percnt; do total de 176 mil casos identificados em todo o país&period; Os números alarmantes apontam para uma realidade que demanda maior atenção e ação por parte das autoridades&period;<&sol;p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>De acordo com a pesquisa&comma; no Supremo Tribunal Federal &lpar;STF&rpar;&comma; a intolerância religiosa se destaca ainda mais&comma; correspondendo a 43&percnt; dos 1&comma;9 mil processos de racismo em tramitação na corte&period; Nos tribunais estaduais&comma; foram identificados 76&comma;6 mil processos relacionados ao tema&comma; sendo que 29&comma;5 mil envolvem discriminação por motivos religiosos&period;<&sol;p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>O levantamento evidencia que o Tribunal de Justiça de São Paulo lidera em número de casos de racismo religioso&comma; contabilizando quase 6&comma;5 mil processos&period; Enquanto isso&comma; o Tribunal de Justiça de Minas Gerais apresenta o maior número global de casos de racismo&comma; atingindo a marca de 14&comma;1 mil&comma; sendo 6&comma;3 mil deles relacionados à espiritualidade de matriz africana&period; Já os tribunais regionais do trabalho acumulam 19&comma;7 mil processos envolvendo a intolerância religiosa&period;<&sol;p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>O relato da vendedora Juliana Arcanjo ilustra de forma contundente as dramáticas consequências da intolerância religiosa&period; Juliana perdeu a guarda de sua filha&comma; então com 11 anos&comma; após levá-la para uma iniciação no candomblé&period; Apesar de ser absolvida das acusações de violência doméstica e cárcere privado&comma; Juliana enfrenta há quase três anos a impossibilidade de ver sua filha&period; O caso reflete a persistência de preconceitos que privam pais e mães do direito de transmitir suas crenças religiosas a seus filhos&period;<&sol;p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>Juliana&comma; que reside em Campinas&comma; relata a injustiça que enfrenta e destaca a desigualdade existente&period; &OpenCurlyDoubleQuote;Foi preconceito puro&period; Porque toda mãe&comma; todo pai tem o direito de levar seus filhos onde se cultua a religião&period; O crente leva o filho na igreja&period; O católico leva o filho na igreja e batiza a criança&period; Agora&comma; o candomblecista não pode levar seus filhos ao candomblé”&comma; protesta&period;<&sol;p>&NewLine;&NewLine;&NewLine;&NewLine;<p>A espera de Juliana por uma decisão justa se prolonga&comma; com a última audiência sobre a guarda da adolescente ocorrendo há cerca de três meses&period; A vendedora aguarda ansiosamente que a jovem seja ouvida por uma psicóloga&comma; elemento crucial para embasar a decisão do juiz quanto às visitas à filha&period; O caso de Juliana destaca a urgência de uma reflexão profunda sobre a intolerância religiosa e a necessidade de promover um ambiente judiciário mais inclusivo e respeitoso com a diversidade religiosa no Brasil&period;<&sol;p>&NewLine;<input type&equals;"hidden" id&equals;"baseurl" value&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;portalitapipoca&period;com&period;br"><input type&equals;"hidden" id&equals;"audio&lowbar;nonce" value&equals;"891d0f3a98">