Quatro astronautas de diferentes nacionalidades — um húngaro, um indiano, um polonês e uma norte-americana — partiram na madrugada desta quarta-feira (25) em direção à Estação Espacial Internacional (EEI), a bordo de uma cápsula da SpaceX, marcando mais um passo importante na cooperação internacional em missões espaciais.
O lançamento da missão Axiom-4 ocorreu às 2h31 (horário local) a partir de Cabo Canaveral, na Flórida, após seis adiamentos por motivos técnicos, meteorológicos e operacionais, incluindo atrasos no segmento russo da estação. A tripulação deve permanecer por 14 dias na EEI, onde irá conduzir mais de 60 experimentos científicos apoiados por 31 países, entre eles Brasil, Arábia Saudita, Nigéria e Emirados Árabes Unidos.
Entre os principais estudos estão investigações sobre o impacto da microgravidade em doenças como diabetes, câncer e degeneração muscular. Outras pesquisas envolvem microalgas, sensores biométricos, cultivo de sementes, radiação, impressão 3D e cognição humana no espaço.
A comandante da missão é a experiente astronauta norte-americana Peggy Whitson, ex-integrante da Nasa, que detém o recorde de 675 dias acumulados no espaço — mais do que qualquer mulher no mundo e qualquer cidadão dos EUA.
Completam a tripulação o piloto indiano Shubhanshu Shukla, o especialista polonês Slawosz Uznanski-Winiewski e o cientista húngaro Tibor Kapu. Todos são estreantes em voos espaciais e representam as primeiras missões financiadas por seus respectivos governos em mais de quatro décadas.
Esta também é a primeira missão da cápsula Dragon após um recente embate público entre o dono da SpaceX, Elon Musk, e o ex-presidente norte-americano Donald Trump.
A Axiom-4 representa um marco na ampliação da colaboração global na exploração espacial, com envolvimento direto de agências como a Organização Indiana de Investigação Espacial (ISRO), a Agência Espacial Europeia (ESA) e o programa Hunor, da Hungria, responsável por 25 das experiências previstas.