<p>O Talibã ;e seus apoiadores agitaram a bandeira branca e preta do grupo nas ruas do Afeganistão nesta segunda-feira (15), para comemorar um ano desde que marchou para a capital e tomou o poder, após uma série ;de vitórias no campo de batalha.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1476506&;o=node"><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1476506&;o=node"></p>



<p>Nos 12 meses desde a retirada caótica das tropas dos Estados Unidos (EUA), alguns afegãos comemoram ;a melhoria da segurança, mas lutam contra a pobreza, a seca, a desnutrição e mantêm a esperança, cada vez menor entre as mulheres, de que terão ;papel decisivo no futuro do país.</p>



<p>Alguns homens atiraram para o alto em Cabul e centenas de pessoas, incluindo apoiadores, combatentes e líderes do Talibã, ;se reuniram na praça em frente à embaixada norte-americana para marcar a data. Eles seguravam faixas que incluíam o ;<em>slogan</em> ;&#8220;morte aos Estados Unidos&#8221;.</p>



<p>&#8220;Este é o dia da vitória da verdade sobre a falsidade e o dia da salvação e liberdade da nação afegã&#8221;, disse o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, em nota.</p>



<p>Em cerimônia com representantes ;do governo, o ministro das Relações Exteriores em exercício, Amir Khan Muttaqi, afirmou que o Talibã trouxe segurança onde os EUA ;falharam, e que o grupo deseja manter relacionamento ;positivo ;com o mundo.</p>



<p>&#8220;Queremos um bom relacionamento com todos os países, não deixaremos o território do Afeganistão ser usado contra ninguém&#8221;, disse ele, acrescentando que querem enfrentar os desafios em curso no país.</p>



<p>O país está fisicamente mais seguro do que quando o movimento islâmico linha-dura lutava contra as forças estrangeiras lideradas pelos EUA e aliados afegãos, embora uma ramificação local do Estado Islâmico tenha feito ;vários ataques.</p>



<p>Essa segurança relativa, no entanto, não pode mascarar a escala do desafio que o Talibã ;enfrenta para colocar o Afeganistão em caminho de crescimento econômico e estabilidade. Há enormes pressões sobre a economia, causadas em grande parte pelo isolamento do país, já que governos estrangeiros se recusam a reconhecer seus governantes.</p>



<p>A ajuda ao desenvolvimento, da qual o país dependia muito, foi reduzida. A comunidade internacional exige que o Talibã ;respeite os direitos dos afegãos, particularmente meninas e mulheres, cujo acesso ao trabalho e à educação foi restringido.</p>



<p>O Talibã ;pede ;que US$ 9 bilhões em reservas do banco central mantidos no exterior sejam devolvidos, mas as negociações com os Estados Unidos enfrentam obstáculos, incluindo as exigências de que um líder do Talibã, ;sujeito a sanções, renuncie de sua posição de ;segundo no ;comando do banco.</p>



<p>O Talibã ;se recusa a ceder a essas exigências, dizendo que respeita todos os direitos dos afegãos dentro da estrutura da ;interpretação da lei islâmica.</p>



<p>Até que haja grande mudança nas posições de ambos os lados, não há solução imediata à vista para a espiral de preços, o aumento do desemprego e da fome que devem piorar com a chegada do inverno.</p>



<p>&#8220;Estamos todos caminhando para a escuridão e o infortúnio&#8221;, disse Amena Arezo, médica da província de Ghazni, no Sudeste do país. &#8220;As pessoas não têm futuro, especialmente as mulheres.&#8221;</p>



<p>Com informações da Agência Brasil</p>
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Afeganistão: Talibã celebra um ano de poder no país
Afegãos comemoram melhor segurança, mas lutam contra pobreza.
