<p>Pesquisadores da <a href="https://www.portalitapipoca.com.br/tag/fiocruz" target="_blank" data-type="URL" data-id="https://www.portalitapipoca.com.br/tag/fiocruz" rel="noreferrer noopener">Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)</a> baseados na unidade de Rondônia anunciaram uma significativa conquista no campo da saúde pública. Eles desenvolveram uma inovadora abordagem molecular para detectar e quantificar a carga viral da hepatite D, também conhecida como hepatite Delta. A descoberta promissora, inicialmente destinada à pesquisa, poderá potencialmente integrar o rol de exames oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no futuro, oferecendo uma nova perspectiva de diagnóstico e tratamento mais eficaz.</p>



<p>O estudo, realizado em colaboração com a Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), o Centro de Infectologia Charles Mérieux e a Universidade Federal do Acre (UFAC), reuniu um time de 16 pesquisadores determinados a abordar um dos desafios médicos mais críticos enfrentados na região amazônica. Os resultados da pesquisa foram publicados recentemente na renomada revista científica <em>Scientific Reports</em>, da Nature, reconhecida internacionalmente nas áreas de ciências naturais, medicina, psicologia e engenharia.</p>



<p>O método desenvolvido, sob a liderança da pesquisadora da Fiocruz Rondônia, Deusilene Dallacqua, representa um avanço crucial em relação aos procedimentos de diagnóstico atualmente disponíveis. Enquanto o diagnóstico da hepatite D no SUS atualmente é baseado na detecção de anticorpos contra o vírus, o novo método molecular permite a identificação direta do vírus em tempo real, fornecendo informações precisas sobre a infecção no momento do teste. Além disso, o método inovador possibilita a quantificação da carga viral, fornecendo uma visão detalhada da progressão da doença ao longo do tempo. Com resultados obtidos em um período de 24 a 48 horas, a equipe médica poderá tomar decisões mais informadas sobre o tratamento e monitoramento dos pacientes.</p>



<p>A Dra. Deusilene Dallacqua enfatiza que a falta de métodos de diagnóstico avançados prejudicou a compreensão abrangente da prevalência da hepatite D e limitou as opções de tratamento e acompanhamento adequado. &#8220;Os resultados desse método podem auxiliar na definição da abordagem clínica para cada paciente, indicando se um tratamento imediato é necessário ou se um monitoramento contínuo é mais apropriado&#8221;, observou a pesquisadora.</p>



<p>A hepatite D, assim como outras formas virais da doença, impacta severamente o fígado e é transmitida pelo contato com fluidos corporais de pacientes infectados. A prevalência da doença é particularmente alta na região amazônica, onde sua ocorrência é endêmica. Dados do Ministério da Saúde indicam que, entre 2000 e 2021, foram diagnosticados mais de 4.000 casos de hepatite D no Brasil, com a esmagadora maioria ocorrendo na Região Norte.</p>



<p>No entanto, a Dra. Dallacqua ressalta que esses números provavelmente representam apenas uma fração dos casos reais, devido à subnotificação generalizada da doença. Mesmo nas áreas endêmicas, a falta de exames de diagnóstico precisos tem limitado a identificação precisa de casos. Estima-se que apenas nos estados do Acre e Rondônia, haja aproximadamente 2.000 pessoas com hepatite D crônica, uma forma mais persistente da doença que pode levar a complicações graves, como cirrose e câncer hepático.</p>
<input type="hidden" id="baseurl" value="https://www.portalitapipoca.com.br"><input type="hidden" id="audio_nonce" value="9668e1cef4">
Pesquisadores da Fiocruz em Rondônia desenvolvem método molecular inovador para detectar hepatite D e quantificar carga viral
Pesquisadores da Fiocruz em Rondônia desenvolvem método molecular inovador para detectar hepatite D e quantificar carga viral
