O Exército de Israel lançou, na madrugada desta sexta-feira (13), uma ofensiva aérea contra diversas instalações militares e nucleares no Irã, dando início à segunda fase de uma operação de larga escala. O governo israelense, com sede em Tel Aviv, confirmou oficialmente que os bombardeios tiveram como alvo principais pontos estratégicos do programa nuclear iraniano.
Durante os ataques, seis cientistas ligados ao programa nuclear do Irã foram mortos. Fontes ocidentais afirmam que o país persa possui estoque de urânio enriquecido suficiente para construir até 15 bombas atômicas em curto prazo, o que tem elevado as tensões internacionais.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que a Central de Enriquecimento Nuclear de Natanz, localizada no centro do Irã, foi atingida pelos bombardeios israelenses. Em comunicado divulgado na rede social X, assinado pelo diretor-geral Rafael Grossi, a agência informou que está “monitorando de perto a situação preocupante” e que, até o momento, “os níveis de radiação não aumentaram”.
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Ainda segundo a AIEA, o governo iraniano comunicou que a Central Nuclear de Bushehr, localizada no sul do país e em funcionamento desde 2011, não foi atingida na ação militar.
De acordo com um porta-voz das Forças de Defesa de Israel, dezenas de aeronaves participaram da operação, atingindo “dezenas de alvos militares, incluindo nucleares, em diferentes áreas do Irã”, em cumprimento às diretrizes do governo liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Agências de notícias oficiais iranianas relatam que ao menos nove pessoas morreram e cerca de cem ficaram feridas em decorrência dos ataques. A escalada do conflito aumenta a preocupação global com os riscos de uma guerra regional envolvendo potências nucleares e provoca mobilização diplomática de diversos países em busca de contenção da crise.