Pefoce utiliza nova tecnologia para identificar pacientes desconhecidos em hospitais

O procedimento utiliza o método da papiloscopia e consiste em uma maleta com microcomputador portátil e leitor óptico biométrico acoplado

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A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) recebeu um novo equipamento que permitirá de maneira totalmente informatizada a identificação de pessoas desconhecidas. A novidade vai facilitar o reconhecimento de pessoas que dão entrada em hospitais sem documento de identidade oficial.

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O procedimento utiliza o método da papiloscopia e consiste em uma maleta com microcomputador portátil e leitor óptico biométrico acoplado, que permite desde a captura das impressões digitais, até o confronto desses dados nos sistemas de informação. A nova ferramenta proporciona maior celeridade ao processo, economia de custos e menor contato com o periciando. Evita-se assim as técnicas tradicionais de coleta, que utilizavam rolo, tinta e papel, gerando menos incômodo ao paciente.

LID

O equipamento está à disposição do Laboratório de Identificação de Desconhecidos (LID), pertencente à Coordenadoria de Identificação Humana e Perícias Biométricas (CIHPB) da Pefoce. O perfil dos atendidos pelo LID é de pessoas em situação de vulnerabilidade social que adentram o sistema de saúde do estado do Ceará sem uma identidade definida.

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Para solicitar o serviço da Pefoce, os hospitais devem enviar ofício para a CIHPB, requisitando o procedimento em favor desse perfil de paciente.

Em geral, esses indivíduos são moradores de rua, sem residência fixa e sem referência familiar, muitas vezes em virtude de drogadição e alcoolismo, pacientes institucionalizados em razão de um problema psiquiátrico grave e o paciente de emergência com supressão ou redução de consciência e que não conseguem fornecer informações detalhadas sobre si, no momento da internação.

O auxiliar de perícia Humberto Quezado, responsável pelo LID, nos ilustra uma situação: “O paciente sofre um acidente e chega à unidade de saúde sem seus documentos. Nesse caso específico, não é uma pessoa em situação de rua, não é um paciente psiquiátrico, mas alguém que não pode prestar informações de si, por não estar consciente ou orientado, em virtude do trauma. Esse paciente também entra no nosso perfil e o novo equipamento proporcionará maior agilidade nesse processo de identificação”.

Celeridade na identificação

Aliado à tecnologia, Humberto cita algumas rotinas importantes adotadas pelo profissional de papiloscopia, para tornar a identificação dos desconhecidos ainda mais célere. Quanto mais informações prévias forem disponibilizadas, maiores serão as possibilidades para executar uma busca bem-sucedida no sistema.

“Se o paciente conseguiu fornecer algum dado ao Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência], à equipe de emergência, ou mesmo à equipe médica, antes de perder a consciência, tudo isso é informação útil à identificação. Se o paciente apenas forneceu o primeiro nome, eu busco por esse nome; se disse seu nome e o nome da mãe, já refina a pesquisa; deu o nome, o nome da mãe e o nome do pai, refino mais ainda. Ou seja, quanto mais informações, melhor”, explica Humberto.

É possível realizar buscas até por apelidos no Sistema de Informações Policiais (SIP). Até mesmo uma tatuagem, com um possível nome de um parente de 1º grau, pode se transformar em uma informação com relevância pericial. Por meio dessa consulta informatizada aos bancos de dados, pode-se chegar a uma impressão digital padrão, que será comparada com a impressão digital capturada do paciente. A partir daí, pode-se estabelecer uma identidade, por meio do método técnico-científico da papiloscopia.

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