Polícia Federal desarticula esquema que desviou R$ 45 milhões do FGTS e do Auxílio Emergencial

Operação, realizada com apoio do MPF, cumpre mandados no Rio de Janeiro e em São Paulo contra grupo que fraudava contas da Caixa Econômica Federal por meio de falsificação de documentos e uso indevido de dados sigilosos.

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A Polícia Federal, com apoio do Ministério Público Federal (MPF), deflagrou nesta quarta-feira (5) uma operação contra uma organização criminosa interestadual que desviava recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do Auxílio Emergencial. O grupo, com núcleos nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, é suspeito de fraudar contas da Caixa Econômica Federal (CEF) e causar prejuízo milionário aos cofres públicos.

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Cerca de 100 policiais federais foram mobilizados para cumprir 27 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal do Rio de Janeiro. As ações ocorreram nos municípios de Rio de Janeiro e Niterói, além das cidades paulistas de São Paulo, Várzea Paulista, Indaiatuba e Salto.

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A Justiça Federal determinou ainda o sequestro de bens avaliados em aproximadamente R$ 45 milhões e impôs medidas cautelares a 21 investigados, incluindo a proibição de deixar o país e o estado, o recolhimento de passaporte e a obrigatoriedade de comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades. Os suspeitos também estão proibidos de manter contato entre si.

De acordo com as investigações, o grupo criminoso atuava por meio da obtenção ilícita de dados sigilosos de beneficiários e correntistas da Caixa, falsificação de documentos e criação de contas falsas, o que possibilitava o acesso indevido a valores destinados a cidadãos em situação de vulnerabilidade social. Após o acesso às contas, os criminosos realizavam saques fraudulentos e pagamentos de boletos digitais.

O delegado federal Renato Gentile, chefe da Delegacia de Crimes Cibernéticos da Polícia Federal no Rio de Janeiro, afirmou que os R$ 45 milhões bloqueados foram movimentados pela organização apenas nos últimos quatro anos. Além dos valores, foram apreendidos veículos, joias, objetos de luxo, celulares e mídias digitais, que serão analisadas pelos peritos federais.

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado mediante fraude. Também são apurados indícios dos crimes de uso de documento falso, falsidade ideológica, peculato e furto.

Posicionamento da Caixa

Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que monitora continuamente seus produtos, serviços e transações bancárias para detectar e investigar possíveis fraudes. O banco destacou que possui políticas e procedimentos de segurança voltados à proteção dos dados e das operações dos clientes, com o apoio de tecnologias e equipes especializadas.

A instituição orienta que clientes que identificarem movimentações suspeitas procurem uma agência da Caixa, portando documento de identificação, para solicitar a contestação da transação. Os casos são analisados individualmente, e, quando comprovada a fraude, o valor é ressarcido ao cliente.

Recomendações aos clientes

A Caixa reforça medidas preventivas para evitar fraudes bancárias:

  • Não fornecer senhas ou dados pessoais em sites e aplicativos desconhecidos;
  • Evitar clicar em links suspeitos, que podem instalar programas espiões;
  • Manter navegadores e antivírus sempre atualizados;
  • Lembrar que a Caixa jamais solicita senha e assinatura eletrônica na mesma página;
  • Desconsiderar mensagens de texto (SMS) com links enviados em nome da instituição;
  • Não armazenar senhas bancárias em celulares ou computadores.

A operação segue em andamento, e as investigações buscam identificar outros envolvidos e rastrear a totalidade dos valores desviados pela organização criminosa.

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