As contas públicas fecharam o mês de maio com déficit primário de R$ 33,740 bilhões, de acordo com as Estatísticas Fiscais divulgadas nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central (BC). O resultado considera o desempenho do setor público consolidado, que reúne União, estados, municípios e empresas estatais, e desconsidera os gastos com juros da dívida pública.
O Governo Central — que engloba Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central — teve déficit de R$ 37,351 bilhões. Já os governos estaduais apresentaram superávit de R$ 5,346 bilhões, enquanto os governos municipais registraram déficit de R$ 808 milhões. No total, os entes regionais (estados e municípios) fecharam o mês com superávit de R$ 4,537 bilhões.
As empresas estatais federais, estaduais e municipais — excetuando Petrobras e Eletrobras — tiveram resultado negativo de R$ 926 milhões.
Apesar do resultado negativo no mês de maio, o acumulado do ano apresenta superávit primário de R$ 69,121 bilhões. No período de 12 meses encerrado em maio, o saldo é positivo em R$ 24,143 bilhões, o que representa 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Despesas com juros
As despesas com juros da dívida pública alcançaram R$ 92,145 bilhões em maio. Segundo o Banco Central, o valor é influenciado pelas operações de swap cambial — instrumentos usados pelo BC para conter a volatilidade do mercado de câmbio. Em maio, essas operações geraram um ganho de R$ 1,7 bilhão, o que ajudou a reduzir a conta de juros no mês.
Resultado nominal
O resultado nominal das contas públicas — que inclui o saldo primário e os gastos com juros — foi deficitário em R$ 125,885 bilhões em maio. Em 12 meses, o déficit nominal acumulado é de R$ 922,004 bilhões, o equivalente a 7,58% do PIB.
Dívida pública
A dívida líquida do setor público atingiu R$ 7,547 trilhões em maio, o que corresponde a 62% do PIB. Já a dívida bruta do governo geral — que considera os passivos dos governos federal, estaduais e municipais — chegou a R$ 9,264 trilhões, ou 76,1% do PIB.
Esses indicadores são utilizados por analistas e agências de classificação de risco para avaliar a situação fiscal do país e a sustentabilidade da dívida pública.