Ativista iraniana Narges Mohammadi recebe o Prêmio Nobel da Paz 2023

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Nesta sexta-feira (6), o Comitê Nobel Norueguês anunciou que a ativista iraniana Narges Mohammadi é a laureada com o Prêmio Nobel da Paz de 2023. O reconhecimento internacional foi concedido em virtude de sua corajosa luta contra a opressão das mulheres no Irã e em prol dos direitos humanos.

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O comitê escolheu o lema dos protestos que tomaram conta do Irã após a morte da jovem curda Mahsa Amini, “Mulher – Vida – Liberdade”, para descrever a dedicação incansável de Mohammadi à causa. Esses protestos foram um marco que impulsionou mudanças significativas no país, que ela considera “irreversíveis”.

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Narges Mohammadi, uma das mais destacadas ativistas iranianas pelos direitos humanos, é conhecida por sua incansável defesa dos direitos das mulheres e pela abolição da pena de morte. Sua luta não passou despercebida pelo regime do Irã, que a deteve 13 vezes, condenou-a por cinco delas e sentenciou-a a um total de 31 anos de prisão e 154 chicotadas. Ela atualmente cumpre pena na prisão de Evin, em Teerã, e é acusada de crimes como difusão de propaganda contra o Estado.

Narges Mohammadi também é vice-presidente da organização Centro de Defensores dos Direitos Humanos, fundada por Shirin Ebadi, vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2003. A organização tem se dedicado à defesa dos direitos de crianças, mulheres e refugiados.

A entrega do Prêmio Nobel da Paz a Narges Mohammadi será realizada em 10 de dezembro, em Oslo, e representa um importante reconhecimento não apenas a ela, mas também a todas as pessoas que, no último ano, protestaram contra as políticas discriminatórias e opressoras do regime teocrático do Irã em relação às mulheres.

Nascida em 1972 na cidade de Zanjan, Narges Mohammadi estudou física na universidade, mas sua dedicação ao jornalismo a levou a se tornar uma das vozes mais respeitadas na luta pelos direitos humanos no Irã. Ela é casada com Taghi Rahmani, jornalista iraniano que passou 16 anos na prisão. Desde 2012, Rahmani vive exilado na França com os dois filhos do casal, atualmente com 17 anos, e durante todo esse tempo, Mohammadi não pôde vê-los nem mesmo falar com eles por telefone, uma separação que ela descreve como “uma dor insuportável e indescritível”.

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