Ataques do Hamas em festa rave em Israel desencadeiam debate global sobre sua classificação como grupo terrorista

Conflito histórico no Oriente Médio se intensifica após episódio sangrento; divergências entre nações sobre a designação do Hamas geram polêmica.

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No último sábado (7), um trágico episódio em Israel gerou uma onda de violência e pôs em pauta o eterno embate político e militar no Oriente Médio. Os ataques perpetrados pelo grupo extremista islâmico Hamas em uma festa rave resultaram em centenas de mortes de civis, com vítimas também sendo levadas como reféns, desencadeando uma nova fase sangrenta no já conturbado conflito com o exército israelense. Esses eventos levantaram questões sobre a denominação do Hamas como um grupo terrorista, uma classificação que divide nações e organizações em todo o mundo.

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Enquanto veículos de imprensa global e algumas nações rotulam o Hamas como um grupo terrorista, há divergências consideráveis na comunidade internacional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lamentar o episódio recente, referiu-se ao ataque como terrorista, mas não estendeu tal adjetivo ao próprio Hamas, seguindo a linha adotada pelo governo brasileiro.

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O posicionamento do Brasil, de acordo com o Palácio do Itamaraty, está alinhado com as avaliações do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) na designação de grupos considerados terroristas. O órgão internacional é responsável por zelar pela paz global, mantendo listas de indivíduos e entidades qualificados como terroristas, que incluem o Estado Islâmico e a Al-Qaeda, além de grupos menos conhecidos.

O comunicado do Ministério das Relações Exteriores reafirma o repúdio do Brasil ao terrorismo em todas as suas formas e manifestações, seguindo os princípios das relações internacionais previstos na Constituição. No entanto, divergências persistem, com nações como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, Japão, países da União Europeia e outras classificando o Hamas como uma organização terrorista.

A maioria dos países-membros da ONU, incluindo Noruega, Suíça, China, Rússia, e nações latino-americanas como o Brasil, México e Colômbia, segue a definição atual da ONU, que não classifica o Hamas como grupo terrorista. Esta abordagem pode ser vista como uma tentativa de manter uma posição neutra e a capacidade de mediar conflitos, bem como proteger seus cidadãos em áreas de conflito.

A situação na região se deteriora a cada dia, com o sexto dia de intensos bombardeios na Faixa de Gaza, resultando em um crescente número de mortos e feridos. Autoridades locais relatam mais de 1.2 mil mortes e 180 mil desabrigados na Faixa de Gaza, enquanto Israel enfrenta uma escalada de violência com o Hamas, com o número de mortos superando 1.3 mil desde o início dos ataques.

O Hamas, cujo nome em árabe significa Movimento de Resistência Islâmica, foi criado em 1987 durante a 1ª Intifada, uma das revoltas palestinas contra a ocupação israelense. Ao longo dos anos, o grupo se estabeleceu com uma entidade filantrópica, um braço político e um braço armado. Em 2006, o Hamas venceu as eleições legislativas para a Autoridade Nacional Palestina, desencadeando uma série de conflitos com o partido Fatah, que resultou na expulsão deste último da Faixa de Gaza. O Hamas luta pela independência de um Estado Palestino, enquanto Israel não reconhece sua soberania, alegando preocupações de segurança.

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