Operação “Fagos” desarticula esquema milionário de fraudes em licitações em mais de 20 municípios cearenses, incluindo Itapipoca

MPCE prende cinco integrantes do núcleo principal de organização criminosa suspeita de desviar mais de R$ 180 milhões

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Na manhã desta terça-feira (12/12), o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), deflagrou a Operação “Fagos”, resultando na prisão de cinco integrantes do núcleo principal de uma suposta organização criminosa. Essa organização é suspeita de fraudar licitações em mais de 20 municípios cearenses para contratar cooperativas de mão de obra.

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A ação, que também cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em diversas localidades, contou com o apoio da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS), por meio da Polícia Civil. Os alvos são agentes públicos, empresários e operadores do esquema, todos investigados por crimes que incluem organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e outros relacionados à administração pública.

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Os mandados foram expedidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas e executados com sucesso, resultando na apreensão de aparelhos celulares, computadores e documentos relevantes para as investigações. A decisão judicial também autorizou a quebra de sigilo bancário e telemático dos envolvidos, além da indisponibilidade de bens de diversos participantes do esquema.

A investigação teve início em setembro de 2023, após o recebimento de um e-mail anônimo pelo GAECO, denunciando um possível esquema criminoso envolvendo cooperativas de mão de obra utilizando “laranjas”. O Procedimento Investigatório Criminal foi instaurado a partir dessas informações, que também foram fornecidas pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e pela Vara Única Criminal de Russas.

Segundo as apurações, o grupo detinha o controle de cinco cooperativas na área da saúde, as quais simulavam concorrência entre si para fraudar licitações. Inflacionando os preços, garantiam contratos mais lucrativos, sendo o dinheiro desviado distribuído entre agentes públicos, empresários e operadores do esquema.

A investigação revelou ainda que a cooperativa vencedora muitas vezes servia apenas como intermediadora na contratação de funcionários indicados pelo próprio município contratante, que também determinava os salários. O esquema, que operava há pelo menos três anos, abrangeu municípios como Acopiara, Aracoiaba, Itapipoca, Boa Viagem, Brejo Santo, Crateús, Forquilha, Guaraciaba do Norte, Ipueiras, Irauçuba, Itapiúna, Jucás, Monsenhor Tabosa, Novo Oriente, Quixeramobim, Salitre, Senador Pompeu, Tabuleiro do Norte, Tejuçuoca, Tururu e Umirim. O volume de recursos negociado pelas cooperativas nessas cidades ultrapassou a marca de R$ 180 milhões.

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