Hipertensão gestacional: um desafio à saúde materno-infantil

Hospital Regional Norte em Sobral intensifica atendimento a gestantes de alto risco

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Durante a gestação, diversas comorbidades podem surgir, colocando em risco tanto a saúde da mãe quanto a do bebê. Uma dessas condições é a hipertensão gestacional, que pode desencadear complicações graves, incluindo a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia, representando um perigo até mesmo fatal. O Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria da Saúde (Sesa) em Sobral, destaca-se no atendimento a gestantes de alto risco, oferecendo cuidados especializados a pacientes vinculadas à Policlínica ou ao Centro de Especialidades Médicas de Sobral (CEM), além daquelas reguladas. Em 2023, o hospital admitiu 548 pacientes com Síndrome Hipertensiva Específica da Gravidez (SHEG).

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A médica ginecologista e obstetra do HRN, Renata Nogueira, ressalta a importância do acompanhamento especializado para gestantes com pré-eclâmpsia, uma condição que eleva a pressão arterial após a vigésima semana de gestação. “Uma vez identificada, é crucial que a paciente busque um pré-natal de alto risco para controlar a doença”, enfatiza.

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Observa-se um aumento na incidência da hipertensão gestacional, em grande parte devido a hábitos de vida pouco saudáveis, como sedentarismo, obesidade e tabagismo, além de associações com condições pré-existentes como diabetes, hipertensão e distúrbios da tireoide.

Um exemplo dessa realidade é Maria Tainá Felipe Lúcio, 28 anos, manicure e gestante de 21 semanas, que enfrenta diabetes e hipertensão. Desde o início da gravidez, recebe acompanhamento tanto no pré-natal padrão quanto no de alto risco. “Eu sabia dos riscos, mas desejava muito ter outro filho. Aqui estou sendo bem cuidada, com controle da pressão e glicemia”, afirma.

O controle da pressão arterial pode ser realizado com o uso de medicamentos anti-hipertensivos e na identificação precoce de fatores de gravidade, visando evitar desfechos desfavoráveis, como convulsões e óbito fetal e materno. “Com um pré-natal adequado e controle da pressão, a doença pode regredir completamente após o parto, com a evolução para níveis pressóricos normais e sem complicações”, destaca Nogueira.

O acompanhamento no pré-natal de alto risco foi crucial para o desfecho positivo da gestação de Terezinha de Souza Bezerra, 22 anos, dona de casa que deu à luz a Benício na última quarta-feira (24). Esta foi sua segunda gestação, ambas com diagnóstico de hipertensão. “Minha pressão ficava normal, mas no final da gestação aumentava”, relata. Após sentir dores de cabeça e na nuca, foi diagnosticada com hipertensão arterial em uma consulta de rotina. “Logo fui encaminhada para cá e meu bebê nasceu saudável”, comemora.

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