Desafios Globais: Dia Internacional das Florestas destaca urgência na preservação ambiental

Especialistas alertam que medidas atuais são insuficientes para conter crise ambiental

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Em meio à urgência crescente da crise ambiental global, marcada pelo Dia Internacional das Florestas neste 21 de março, pesquisadores advertem sobre a inadequação das medidas adotadas até o momento para estabelecer um equilíbrio sustentável entre os recursos do planeta e a sobrevivência da humanidade.

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O renomado pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Philip Fearnside, laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 2007 por suas investigações sobre as mudanças climáticas, enfatiza a necessidade premente de liderança por parte do Brasil. Ele ressalta que o país, detentor da maior reserva de biodiversidade do mundo, também está entre os mais vulneráveis aos impactos da crise ambiental em curso.

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“Estamos caminhando para um cenário com menos florestas e mais aquecimento global, mesmo se conseguirmos conter o desmatamento”, alerta Fearnside.

O especialista destaca a importância vital dos serviços ecossistêmicos prestados pelas florestas, que não apenas fornecem recursos como sombra, alimento e oxigênio, mas também desempenham papéis cruciais na regulação climática, na manutenção do ciclo hídrico e na mitigação das mudanças climáticas.

No contexto brasileiro, iniciativas para reduzir o desmatamento na Amazônia e em outros biomas são cruciais, mas insuficientes por si só para evitar danos irreversíveis às reservas naturais, adverte Fearnside. Ele defende a conversão de todas as áreas florestais em unidades de conservação, possibilitando um uso sustentável pelos habitantes locais e evitando práticas que levem à degradação ambiental.

No entanto, projetos como a recuperação da BR-319, que prevê a abertura de novas estradas na região amazônica, representam ameaças significativas à preservação ambiental, conforme apontado pelo pesquisador. A inclusão dessa proposta no Plano de Desenvolvimento Regional da Amazônia (PRDA) pelo governo federal preocupa especialistas, que alertam para os riscos de aumento da pressão sobre áreas florestais ainda intocadas.

A questão da destinação de terras públicas para a preservação ambiental também é crucial. Dados revelam que uma parcela substancial do desmatamento na Amazônia ocorre em terras públicas não designadas, permitindo práticas ilegais como a grilagem. Esforços para promover a governança responsável dessas áreas são fundamentais para conter o avanço da degradação ambiental e garantir a sustentabilidade a longo prazo.

Neste contexto, a retomada da Câmara Técnica de Destinação e Regularização Fundiária de Terras Públicas Federais Rurais pelo governo federal em 2023 representa um passo importante, mas ainda há desafios a serem enfrentados. O engajamento contínuo das autoridades e da sociedade civil é essencial para promover políticas eficazes de preservação ambiental e enfrentar os desafios impostos pela crise climática global.

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