OMS prevê salto de 77% nos novos casos de câncer até 2050 e alerta para impacto em países mais pobres

Projeções divulgadas em seminário da Fiocruz apontam que novas ocorrências devem saltar de 20 milhões, em 2022, para 35,3 milhões nas próximas décadas, com desigualdade crescente entre regiões ricas e em desenvolvimento.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o número de novos casos de câncer no mundo deve aumentar de 20 milhões, registrados em 2022, para 35,3 milhões em 2050 — um salto de 77% no período. As projeções globais revelam uma profunda desigualdade na distribuição da doença, com os maiores avanços previstos para países de baixa e média renda, considerados despreparados para enfrentar a escalada.

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Os dados foram apresentados pela diretora da Agência Internacional para Pesquisa de Câncer da OMS, Elisabete Weiderpass, durante o seminário Controle do Câncer no Século XXI: desafios globais e soluções locais, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (27), no Rio de Janeiro. O encontro marca o Dia Nacional de Combate ao Câncer, celebrado hoje.

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Segundo Weiderpass, o cenário exige ações urgentes e coordenadas para ampliar o acesso à prevenção, diagnóstico precoce e tratamento. “São 10 milhões de mortes por câncer no mundo por ano. O câncer de pulmão foi o mais diagnosticado, representando 2,5 milhões de novos casos — o equivalente a um em cada oito diagnósticos — seguido pelo câncer de mama e o colorretal”, destacou.

Especialistas presentes ao seminário ressaltaram que o crescimento das ocorrências está diretamente ligado ao envelhecimento populacional, ao aumento de fatores de risco como tabagismo, sedentarismo e alimentação ultraprocessada, além de desigualdades no acesso aos serviços de saúde. Países com menos recursos tendem a enfrentar maior dificuldade para implementar políticas de prevenção e ampliar a cobertura de tratamentos avançados.

A Fiocruz reforçou a necessidade de cooperação internacional e investimentos estratégicos para reduzir disparidades e fortalecer os sistemas de saúde, sobretudo nas nações mais vulneráveis. O evento também discutiu iniciativas locais capazes de mitigar o impacto da doença, como programas de rastreamento, campanhas de conscientização e ampliação do atendimento oncológico no Sistema Único de Saúde (SUS).

As projeções da OMS funcionam como alerta para que governos e instituições de saúde adotem medidas concretas ao longo das próximas décadas, com o objetivo de frear o avanço da doença e reduzir o impacto social e econômico do câncer no mundo.

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