Rússia alerta que apoio militar direto dos EUA a Israel pode agravar crise no Oriente Médio

Vice-chanceler russo afirmou que envolvimento dos Estados Unidos na guerra entre Irã e Israel pode desestabilizar radicalmente a região; Moscou critica ataques israelenses e pede fim das hostilidades.

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O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, alertou nesta quarta-feira (18) que uma eventual assistência militar direta dos Estados Unidos a Israel poderia desestabilizar profundamente a já crítica situação no Oriente Médio. O alerta vem em meio ao sexto dia de confrontos aéreos entre Israel e Irã, que trocam ataques desde a última sexta-feira (13).

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De acordo com a agência de notícias russa Interfax, Ryabkov afirmou que a mera consideração por parte de Washington de apoiar militarmente Israel já representa um fator de risco elevado. “Essa seria uma medida que desestabilizaria radicalmente toda a situação”, declarou o vice-chanceler.

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Em uma manifestação separada, o chefe do Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia, Sergei Naryshkin, descreveu a situação atual entre Irã e Israel como “crítica”.

O posicionamento russo surge após declarações de uma fonte próxima ao governo norte-americano, revelando que o ex-presidente Donald Trump e sua equipe avaliam possíveis formas de apoio a Israel, incluindo ações militares conjuntas contra instalações nucleares iranianas. Na terça-feira (17), Trump chegou a cogitar publicamente, nas redes sociais, um possível ataque contra o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, mas recuou, afirmando: “Não vamos eliminá-lo, pelo menos por enquanto”.

A escalada do conflito teve início com ataques aéreos de Israel contra alvos estratégicos iranianos, como instalações nucleares, cientistas e líderes militares. A ofensiva foi classificada por Moscou como “não provocada e ilegal”. Em resposta, o Irã lançou mísseis e drones contra cidades israelenses, ampliando a tensão na região.

O presidente russo, Vladimir Putin, que firmou em janeiro um tratado de parceria estratégica com o Irã, tem atuado em apelos para a contenção das hostilidades. O Kremlin defende uma solução diplomática e condena qualquer iniciativa que possa aprofundar o conflito.

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