Estudo revela que obesidade sarcopênica aumenta em mais de 80% o risco de morte

Pesquisa da UFSCar em parceria com universidade britânica aponta que acúmulo de gordura abdominal associado à perda de massa muscular agrava riscos à saúde, especialmente na terceira idade.

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Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com a University College London, no Reino Unido, revelou que a combinação entre acúmulo de gordura abdominal e perda de massa muscular — condição conhecida como obesidade sarcopênica — pode aumentar em mais de 80% o risco de morte, quando comparada a pessoas que não apresentam ambas as condições associadas.

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De acordo com os pesquisadores, considera-se obesidade abdominal a circunferência da cintura acima de 102 centímetros para homens e 88 centímetros para mulheres. Já a avaliação da massa muscular é feita a partir do índice de massa muscular esquelética, parâmetro importante para indicar a presença de sarcopenia (perda muscular).

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A professora Valdete Regina Guandalini, do Departamento de Gerontologia da UFSCar e uma das autoras do estudo, destaca que a obesidade sarcopênica está especialmente ligada à terceira idade, gerando impactos negativos como redução da autonomia da pessoa idosa e piora na qualidade de vida.

Segundo Valdete, a perda de massa muscular é um processo natural a partir dos 40 anos, mas pode ser acelerado ou desacelerado conforme os hábitos de vida adotados.

“A prática de atividade física, o consumo alimentar, o não consumo de bebida alcoólica, o uso de cigarro e o sono irão influenciar nesse declínio, tornando-o mais rápido ou não”, explica.

A pesquisadora reforça que hábitos saudáveis são fundamentais para prevenir a obesidade sarcopênica e, consequentemente, reduzir os riscos de mortalidade. O estudo também aponta que pessoas com baixa massa muscular, mas sem obesidade abdominal, têm 40% menos risco de morte, percentual semelhante ao de indivíduos com obesidade abdominal, mas com musculatura preservada.

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