Diretor-geral do ONS revela atraso em sistema de proteção de usina como causa do apagão energético

Luiz Carlos Ciocchi explica que equipamento demorou mais do que o esperado para entrar em ação, gerando sobrecarga que resultou no apagão do dia 15.

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O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, trouxe à luz a causa do apagão energético que afetou quase todo o Brasil no último dia 15. Durante a reunião conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, realizada nesta terça-feira (29), Ciocchi revelou que um atraso no sistema de proteção de uma usina foi o gatilho para a sobrecarga que resultou no desligamento em larga escala.

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A análise minuciosa dos dados foi possível graças às informações compartilhadas pelos agentes do setor elétrico, que revelaram que o regulador de tensão de uma usina demorou mais tempo do que o previsto para entrar em ação. Segundo o diretor-geral do ONS, o equipamento deveria ter respondido em 15 milissegundos, conforme projetos habilitados pelos agentes econômicos, mas demorou entre 80 milissegundos e 100 milissegundos.

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Os especialistas do setor elétrico empenharam-se em reconstituir os eventos que levaram ao apagão, usando simuladores. No entanto, eles não conseguiram reproduzir o desligamento das fontes geradoras com base no tempo de resposta indicado nos projetos originais. Apenas quando se suspeitou que um equipamento de usina poderia ter tido um tempo de resposta mais longo do que o esperado é que os técnicos puderam reproduzir o incidente.

Luiz Carlos Ciocchi ressaltou que essa revelação lança luz sobre uma série de eventos subsequentes, incluindo aberturas de linhas, que culminaram na desconexão generalizada que afetou quase todo o país. Ele enfatizou que essa anomalia no sistema de proteção foi um “fenômeno completamente inusitado”, levando a um apagão de proporções significativas.

O apagão teve um impacto significativo, afetando cerca de 29 milhões de brasileiros em quase todas as regiões do país, exceto Roraima, que possui um sistema elétrico isolado. A recuperação do fornecimento de energia foi variada: nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o serviço foi restaurado quase totalmente em menos de uma hora. No Nordeste, a recuperação levou três horas para restabelecer 70% da carga afetada. Na Região Norte, o desafio foi maior, com um quase blecaute total e uma recuperação mais lenta.

O ONS planeja divulgar um relatório consolidado nas próximas semanas, detalhando as causas e responsabilidades pelo apagão. A revelação do atraso no sistema de proteção de uma usina lança luz sobre as circunstâncias únicas que culminaram no evento, levando à busca por medidas preventivas para evitar futuras ocorrências semelhantes.

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