Polícia Federal avança em investigação sobre uso ilegal de informações pela Abin em operação contra núcleo político

Novos mandados de busca e apreensão buscam identificar destinatários das informações produzidas clandestinamente pela Agência Brasileira de Inteligência.

Portal Itapipoca Portal Itapipoca
3 Min Read
- PUBLICIDADE -

Na manhã desta segunda-feira (29), a Polícia Federal deu continuidade à Operação Vigilância Aproximada, com a execução de oito mandados de busca e apreensão. A ação visa aprofundar as investigações no núcleo político suspeito de estar envolvido no uso de informações ilegalmente produzidas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

- CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE -

Os investigadores afirmam que esta nova fase tem como foco identificar os principais destinatários e beneficiários das informações obtidas por meio de ações clandestinas da agência. Os mandados estão sendo cumpridos em cinco locais no Rio de Janeiro e em três outras cidades: Brasília, Formosa (GO) e Salvador (BA).

- CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE -

A Operação Vigilância Aproximada foi iniciada na quinta-feira (25) para apurar uma organização criminosa que teria se instalado na Abin. A Polícia Federal suspeita que, nessas ações, eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem qualquer controle judicial ou do Ministério Público.

A investigação teve início na semana passada, com foco no ex-diretor da Abin e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Nomeado diretor-geral da Abin em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, Ramagem foi exonerado em março de 2022, já durante o governo Bolsonaro.

A utilização ilegal da Abin envolvia o monitoramento ilícito de autoridades públicas e outras pessoas, utilizando ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial. A ferramenta First Mile, utilizada para geolocalização, foi apontada como instrumento para tal monitoramento.

A Anatel confirmou que há três processos em andamento sobre o uso irregular dessas ferramentas, mas os documentos estão restritos de acordo com a legislação. A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado, que revelou a criação de uma estrutura paralela na Abin para produção de informações com fins políticos e midiáticos.

A Polícia Federal ressalta que os investigados podem responder por crimes como invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. A ação busca desmantelar essa prática irregular e assegurar a integridade das instituições envolvidas.

Compartilhe
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

- Advertisement -

Conteúdo protegido!

 

Você não tem permissão para copiar/reproduzir nosso conteúdo!

Enviar mensagem
1
Fale conosco
Envia sua notícia ou denúncia para a nossa equipe de jornalismo!