Impacto do uso excessivo de dispositivos digitais na performance dos estudantes, revela relatório do Pisa 2022

Estudo da OCDE destaca queda de pontuações em matemática e alerta para a distração generalizada nas salas de aula

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O recém-divulgado relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2022, conduzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apresenta conclusões alarmantes sobre o impacto do uso intensivo de smartphones e dispositivos digitais na educação. Os resultados, divulgados nesta terça-feira (5), indicam uma correlação negativa entre o tempo dedicado a esses dispositivos e o desempenho acadêmico dos estudantes.

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De acordo com o relatório, estudantes que utilizam smartphones e outros dispositivos digitais entre cinco e sete horas por dia apresentaram pontuações significativamente menores nos testes de matemática. Em contrapartida, aqueles que limitaram seu tempo nesses dispositivos a até uma hora diária registraram um aumento médio de 49 pontos em suas pontuações.

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O foco da edição de 2022 do Pisa foi o desempenho em matemática, envolvendo 690 mil estudantes de 81 países. Os resultados destacam não apenas a relação direta entre o uso excessivo de dispositivos e a queda nas pontuações, mas também a prevalência da distração em sala de aula. Aproximadamente 65% dos estudantes admitiram terem ficado distraídos durante as aulas de matemática devido ao uso de celulares, tablets e laptops.

O Brasil, juntamente com Argentina, Canadá, Chile, Finlândia, Letônia, Mongólia, Nova Zelândia e Uruguai, lidera com 80% dos estudantes relatando distração nas aulas de matemática. Além disso, 59% apontaram que a distração foi causada pelos colegas utilizando dispositivos digitais.

O desafio enfrentado pelos gestores de educação em lidar com o uso de celulares nas escolas é reconhecido pelo relatório. A recomendação não é a proibição total desses dispositivos, mas a promoção de uma interação equilibrada entre tecnologia e aprendizado, minimizando o tempo de uso para evitar desvios de atenção, bullying nas redes sociais e exposição da privacidade dos estudantes.

Apesar de 29% dos alunos nos países da OCDE responderem que utilizam smartphones várias vezes ao dia na escola, e 21% usarem quase diariamente, em 13 países mais de dois terços das escolas proíbem a entrada e o uso de celulares. O relatório destaca que, embora a distração em sala de aula seja menor nessas nações, os jovens não demonstraram um uso mais responsável dos dispositivos, indicando que a proibição nem sempre resulta em comportamentos mais conscientes.

O estudo conclui que as escolas devem encontrar um equilíbrio, incentivando a interação construtiva com a tecnologia, ao mesmo tempo em que estabelecem limites para evitar consequências prejudiciais ao aprendizado e ao ambiente escolar.

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