Hamas liberta últimos reféns israelenses em acordo histórico de cessar-fogo mediado pelos EUA

Donald Trump chama momento de “amanhecer histórico de um novo Oriente Médio”; libertação encerra dois anos de guerra devastadora em Gaza.

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O Hamas libertou, nesta segunda-feira (13), os últimos 20 reféns israelenses sobreviventes, como parte de um acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos (EUA). O pacto representa um grande passo rumo ao fim de dois anos de conflito devastador na Faixa de Gaza. O presidente norte-americano, Donald Trump, celebrou o episódio, chamando-o de “amanhecer histórico de um novo Oriente Médio”.

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As Forças Armadas de Israel confirmaram que todos os reféns foram entregues com vida à Cruz Vermelha e já se encontram em território israelense. A notícia provocou emoção entre milhares de pessoas que aguardavam na chamada “Praça dos Reféns”, em Tel Aviv, onde aplausos, lágrimas e abraços marcaram a chegada dos libertos.

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Paralelamente, ônibus transportando palestinos libertados das prisões israelenses — também incluídos no acordo — chegaram a Gaza, informou uma autoridade envolvida na operação à agência Reuters.

“Os céus estão calmos, as armas estão silenciosas, as sirenes estão em silêncio e o Sol nasce em uma Terra Santa que finalmente está em paz”, dirá Trump em discurso no Knesset, o Parlamento israelense, antes de seguir para o Egito, onde participará de uma cúpula voltada à consolidação da paz na região.

Apesar do cessar-fogo e da troca de prisioneiros, analistas apontam que ainda há grandes desafios para alcançar uma resolução duradoura do conflito entre israelenses e palestinos, além das tensões mais amplas no Oriente Médio.

Cúpula no Egito

A libertação dos reféns e dos detidos palestinos integra a primeira fase do acordo de cessar-fogo firmado na semana passada no resort egípcio de Sharm el-Sheikh. A cidade também sedia, nesta segunda, uma cúpula internacional com a presença de mais de 20 líderes mundiais.

O encontro avaliará os próximos passos do plano de 20 pontos proposto por Trump, que busca consolidar uma paz duradoura após dois anos de guerra, iniciada em 7 de outubro de 2023 — quando um ataque do Hamas a Israel matou cerca de 1.200 pessoas e resultou no sequestro de 251 reféns.

Desde então, os bombardeios e operações terrestres israelenses devastaram Gaza, resultando em mais de 67 mil mortes palestinas, segundo o Ministério da Saúde local, e agravando uma crise humanitária de grandes proporções.

Reféns e reencontros emocionantes

As primeiras imagens divulgadas pelos militares israelenses mostraram seis dos reféns libertados sorrindo e conversando com soldados durante o reencontro.

Um dos libertos, Guy Gilboa-Dalal, escreveu em um quadro branco dentro do helicóptero israelense que o transportava: “Eu voltei — o povo de Israel vive”, mensagem que rapidamente viralizou nas redes e na TV local.

“Estou muito emocionada. É uma alegria difícil de descrever. Não consegui dormir a noite toda”, relatou Viki Cohen, mãe de Nimrod Cohen, um dos reféns, enquanto viajava para o campo militar de Reim, onde as famílias aguardavam os libertos.

Em Gaza, homens armados mascarados, supostamente integrantes do braço armado do Hamas, compareceram ao Hospital Nasser para participar da cerimônia de recepção aos prisioneiros palestinos libertados.

“Espero que essas imagens possam ser o fim dessa guerra. Perdemos amigos, parentes, casas e nossa cidade”, afirmou Emad Abu Joudat, 57 anos, pai de seis filhos, morador da Cidade de Gaza.

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