Investigadores russos prolongam perícia nos restos mortais de Navalny por mais 14 dias

Corpo do opositor russo permanecerá retido enquanto família e advogados aguardam explicações sobre sua morte

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Investigadores russos anunciaram hoje que estenderão a perícia nos restos mortais do opositor Alexey Navalny por pelo menos mais duas semanas, informaram os advogados do ativista. Segundo relatos, o corpo de Navalny será retido para uma “perícia química”, deixando a família em agonia enquanto esperam por respostas sobre sua morte.

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“Os investigadores informaram aos advogados e à mãe de Alexei que não devolverão o corpo por mais 14 dias, período durante o qual realizarão testes químicos”, afirmou a porta-voz da família Navalny, Kira Iarmich.

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Essa decisão surge três dias após o anúncio do falecimento de Navalny, aos 47 anos, principal crítico do regime russo, que estava detido em uma prisão no Ártico, cumprindo uma pena de 19 anos.

“A retenção do corpo de Navalny parece ser uma tentativa de ocultar evidências de assassinato. Os supostos ‘testes químicos’ dos próximos 14 dias são uma mentira flagrante”, acusou a porta-voz.

Hoje, os investigadores russos negaram novamente o acesso da família ao corpo de Navalny, enquanto a investigação sobre sua morte é prolongada.

“A causa da morte ainda é ‘indeterminada’. Eles estão mentindo e ganhando tempo, e isso é evidente”, acrescentou Kira.

Nesta segunda-feira, a mãe de Navalny foi impedida de entrar no necrotério, e seu advogado teria sido “literalmente empurrado” para fora do edifício, relatou a porta-voz.

Navalny, há anos figura proeminente da oposição a Vladimir Putin, estava detido desde janeiro de 2021, quando retornou a Moscou após meses de tratamento na Alemanha por envenenamento, um ato atribuído por opositores ao Kremlin.

Seus admiradores prestaram homenagens em várias cidades russas nos últimos dias, com protestos e monumentos improvisados, muitos próximos a locais de memória de outras vítimas de repressão.

Durante os protestos, centenas de pessoas foram detidas e outras condenadas a prisão nos últimos três dias, de acordo com organizações de direitos humanos citadas pela agência France-Presse.

Enquanto isso, líderes internacionais pressionam por esclarecimentos sobre o caso. Moscou reiterou hoje que não cederá a quaisquer demandas do Ocidente.

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