As chuvas abaixo da média em maio agravaram a situação da estiagem no Ceará. Segundo o Monitor de Secas do Brasil, a área do estado com algum nível de seca relativa saltou de 54,92% em abril para 75,5% em maio, o que representa um aumento expressivo da extensão afetada.
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o mês de maio apresentou um desvio negativo de 24,3% nas precipitações em relação à média histórica, que já é considerada baixa. O cenário provocou o avanço da seca fraca, principalmente na porção norte do estado.
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Atualmente, os impactos observados são de curto prazo, típicos de secas em processo de evolução ou intensificação, com déficits de chuva que afetam a região há até oito meses.
O mapa do Monitor de Secas também indica que uma pequena área do extremo sul do Ceará, nas proximidades do município de Salitre, já apresenta seca moderada — um estágio mais severo — atingindo 1,54% do território.
O Monitor de Secas é uma ferramenta oficial de acompanhamento regular das condições de seca no país. É coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), em parceria com instituições meteorológicas e ambientais de cada estado, como a Funceme no Ceará. O objetivo do levantamento é apoiar ações de prevenção e mitigação dos efeitos da estiagem em regiões vulneráveis.