Brasil caminha para recuperar certificado de eliminação do sarampo, afirma diretor da Opas

País está há um ano sem novos casos, diz diretor da Opas

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O diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, anunciou neste sábado (9) que o Brasil está a caminho de recuperar seu certificado de eliminação do sarampo nos próximos meses. A declaração foi feita durante um seminário sobre vacinação realizado na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro.

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Barbosa destacou que o país completou um ano sem novos casos diagnosticados, criando uma perspectiva otimista para a recertificação nos próximos meses. O Brasil havia recebido inicialmente o certificado de eliminação do sarampo da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2016, mas o perdeu em 2019 devido a um surto da doença.

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As Américas foram a primeira região a conquistar um certificado regional de eliminação do sarampo. Contudo, surtos no Brasil e na Venezuela, esta última também perdendo o certificado em 2019, levaram à suspensão da certificação regional em 2018, conforme explicou Barbosa.

Recentemente, uma comissão da Opas verificou que a Venezuela interrompeu a transmissão da doença, restando apenas o Brasil para que o continente possa ser novamente considerado uma região livre do sarampo.

Barbosa ressaltou a importância da cobertura vacinal na prevenção do sarampo. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, presente no seminário, mencionou que desde 2016 o Brasil enfrenta a hesitação vacinal devido a campanhas de desinformação. No entanto, dados preliminares do Ministério da Saúde indicam um aumento na cobertura vacinal este ano.

“Nós instituímos uma plataforma, Saúde com Ciência, como estratégia de governo, interministerial, para esclarecer à população e identificar práticas criminosas de desinformação”, destacou Nísia.

Jarbas Barbosa enfatizou a necessidade de monitorar e desmentir boatos diariamente, especialmente nas redes sociais. Ele alertou que a desinformação compromete a confiança na vacina e defendeu a ampliação das estratégias para combater notícias falsas, incluindo sensibilizar os profissionais de saúde, monitorar coberturas vacinais e expandir a oferta em áreas específicas.

Ao abordar desafios práticos, Barbosa mencionou a dificuldade de vacinar crianças em áreas violentas das grandes cidades e propôs a ampliação do horário de atendimento em postos de vacinação para facilitar o acesso dos trabalhadores às imunizações.

“Precisamos identificar a cobertura vacinal bairro por bairro, não apenas trabalhar com médias. A média de cobertura de uma cidade não conta toda a história. Em várias áreas, a cobertura é muito baixa, então precisamos adotar novos sistemas, analisar os dados, identificar as barreiras e adotar estratégias para superá-las”, concluiu o diretor da Opas.

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