O foguete Starship, da SpaceX, realizou nesta terça-feira (26) um voo considerado histórico: lançou pela primeira vez satélites simulados Starlink e testou novos escudos térmicos durante a reentrada na atmosfera terrestre. O feito representa um avanço importante rumo ao objetivo central do projeto — levar astronautas à Lua e, futuramente, possibilitar missões tripuladas a Marte.
Com 123 metros de altura, o Starship é o maior foguete já construído. A decolagem ocorreu por volta das 19h30 (hora local), a partir da Starbase, no sul do Texas (EUA). O voo contou com o propulsor Super Heavy, que impulsionou o estágio superior da nave antes de sua separação, três minutos após a decolagem.
Em cerca de 30 minutos de missão, a nave realizou a liberação de oito satélites simulados, utilizando um sistema semelhante a um dispensador de doces. Esta demonstração reforça a capacidade da SpaceX de realizar lançamentos comerciais em larga escala e prepara a nave para futuras missões reais.
A Nasa já selecionou a Starship para missões do programa Artemis, que prevê o retorno de astronautas à superfície lunar pela primeira vez desde a era Apollo. A nave será peça central na retomada da exploração tripulada do espaço profundo.
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Outro destaque da missão foi a reentrada supersônica sobre o Oceano Índico, aproximadamente uma hora após a decolagem. Durante o procedimento, foram testadas novas placas hexagonais de proteção térmica, desenvolvidas para suportar a intensa fricção atmosférica com mínima necessidade de substituição a cada voo.
Historicamente, os escudos térmicos sempre foram um desafio da engenharia espacial. Nos ônibus espaciais aposentados da Nasa, algumas placas resistiam a dezenas de missões, mas muitas precisavam ser substituídas após cada reentrada. A SpaceX busca reduzir custos e ampliar a reutilização da nave, essencial para futuras viagens de longa distância.
Para Elon Musk, fundador da SpaceX, a Starship é a chave para tornar a humanidade uma espécie multiplanetária. “Este é um passo fundamental para tornar realidade as viagens de rotina à Lua e, em seguida, a Marte”, afirmou nas redes sociais após o lançamento.
Com o sucesso da missão, a SpaceX retoma a confiança em um programa que já enfrentou diversas falhas e explosões, abrindo caminho para novos testes ainda em 2025 e aproximando o futuro da exploração interplanetária da realidade.
