Diálogo entre Poder Público e Evangélicos permanece desafiador após 13 anos do Dia Nacional do Evangélico

Teólogo e líderes religiosos apontam a necessidade de uma comunicação mais efetiva e segmentada para atender as demandas da comunidade evangélica.

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Passados 13 anos desde a instituição do Dia Nacional do Evangélico, o diálogo entre o Poder Público e os fiéis protestantes continua a desafiar a capacidade de comunicação e informação. A avaliação é feita pelo teólogo Marco Davi de Oliveira, pastor batista e autor do livro “A Religião mais Negra do Brasil”.

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Para Marco Davi, o Poder Público precisa se aproximar das comunidades evangélicas, ouvir suas demandas e aprender a linguagem específica desse grupo. Em entrevista à Agência Brasil, ele destaca a importância de abandonar estereótipos e clichês ao se comunicar com os crentes.

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A coordenadora da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, Valéria Zacarias, corrobora a opinião, ressaltando a necessidade de uma comunicação mais dirigida e segmentada. Ela destaca que cada grupo social possui seus códigos e signos, e a comunicação do poder público deve levar isso em consideração.

O sociólogo Paulo Gracino Júnior, da Universidade de Brasília, destaca a importância de abrir um diálogo efetivo com os representantes dos fiéis, discutindo os problemas das comunidades nas igrejas. Ele ressalta que os evangélicos têm demandas que vão além do espiritual, incluindo questões como saneamento básico, segurança e educação.

Apesar de não haver dados atualizados do Censo 2022 sobre a religiosidade no Brasil, uma pesquisa do Instituto Datafolha de dezembro de 2020 apontou que, de cada dez brasileiros, três são evangélicos. Esse grupo representa 31% da população, sendo o segundo bloco religioso mais numeroso no país.

O sociólogo destaca que a maioria dos evangélicos é composta por mulheres negras e periféricas, que veem a religião como uma estratégia de sobrevivência espiritual. Ele ressalta a importância de compreender as demandas específicas desse grupo.

A diversidade e a capilaridade urbana das igrejas evangélicas são apontadas como características importantes. O professor Paulo Gracino destaca a atuação ativa dessas igrejas no espaço público, ocupando locais menos valorizados nas cidades.

As lideranças evangélicas têm conquistado capital político em sucessivas eleições, com uma representação expressiva na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. O cientista político Leonardo Barreto destaca que, além da defesa de valores conservadores, a bancada evangélica busca se envolver mais com a agenda econômica.

O Dia do Evangélico, feriado em Alagoas e no Distrito Federal, destaca a importância desse grupo na sociedade brasileira, evidenciando sua presença e influência em diversas regiões do país.

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