Caso de tentativa de fraude envolvendo idoso morto expõe vulnerabilidade dos mais velhos no Brasil

Aumento de denúncias de violações contra idosos indica cenário preocupante e especialistas apontam fatores que levam à exploração e agressão dessa população.

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O recente incidente envolvendo Érika de Souza Vieira Nunes, presa por tentar sacar um empréstimo em nome de seu tio já falecido, Paulo Roberto Braga, enquanto o levava em uma cadeira de rodas, trouxe à tona questões alarmantes sobre a vulnerabilidade dos idosos no Brasil. Apesar das alegações da acusada, que afirmou buscar recursos para comprar uma TV e reformar a casa do familiar, as autoridades tratam o caso como uma tentativa de fraude evidente.

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Essa situação não é isolada. Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos revelam um aumento significativo nas denúncias de violações contra pessoas com 60 anos ou mais. Apenas nos primeiros três meses de 2024, foram registradas 42.995 denúncias, um número substancialmente maior do que os anos anteriores. Entre os abusos mais comuns destacam-se a negligência, exposição de risco à saúde, tortura psíquica, maus-tratos e violência patrimonial.

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Para entender os motivos por trás desses crimes, especialistas apontam para uma série de fatores. Sandra Rabello, coordenadora de projetos de extensão do Núcleo de Envelhecimento Humano da Uerj e presidente do Departamento de Gerontologia da SBGG, destaca a exaustão dos cuidadores, falta de preparo, desconhecimento da lei e condições socioeconômicas precárias como elementos-chave.

“Ela acredita que a falta de informação e a ausência de divulgação sobre a legislação contribuem para dificuldades no cuidado dos idosos. Além disso, condições como o desemprego podem levar as pessoas a cometerem crimes como empréstimos consignados, extorsão e violência psicológica”, explica Rabello.

Para combater essa realidade preocupante, Fatima Henriette de Miranda e Silva, presidente da Comissão de Atendimento à Pessoa Idosa da OAB-RJ, destaca a necessidade de investimento em educação e conscientização sobre os direitos dos idosos, além de promover o diálogo e o apoio dentro das famílias. Campanhas, políticas públicas e a participação de toda a sociedade são consideradas essenciais.

Em casos de violência, é crucial buscar os canais apropriados de denúncia, como delegacias especializadas em proteção do idoso, Ministério Público ou o Disque 100, que funciona 24 horas por dia e sete dias por semana para registrar denúncias, disseminar informações e orientar a sociedade sobre direitos humanos.

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