Em uma das decisões mais emocionantes da história do futebol feminino sul-americano, a Seleção Brasileira conquistou, neste domingo (3), o título da Copa América Feminina após empatar por 4 a 4 com a Colômbia no tempo normal e na prorrogação, e vencer por 5 a 4 nos pênaltis. A grande final foi disputada no Estádio Casa Blanca, em Quito, no Equador, e consagrou o Brasil como campeão pela nona vez em 10 edições do torneio.
A partida foi marcada por reviravoltas, golaços e atuações inesquecíveis. Logo aos 24 minutos do primeiro tempo, Linda Caicedo, estrela colombiana do Real Madrid, abriu o placar. O Brasil reagiu nos acréscimos, com Angelina empatando de pênalti após intervenção do VAR.
Na etapa final, a Colômbia voltou a ficar na frente após gol contra da zagueira Tarciane. A artilheira Amanda Gutierres, do Palmeiras, empatou em seguida, mostrando faro de gol. A Colômbia retomou a liderança com um belo gol de Mayra Ramírez, mas a rainha Marta brilhou ao empatar o jogo nos acréscimos com uma bomba de perna esquerda: 3 a 3.
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Na prorrogação, Marta voltou a aparecer e colocou o Brasil na frente, mas Leicy Santos, em cobrança de falta perfeita, deixou tudo igual mais uma vez: 4 a 4. O empate levou a disputa para os pênaltis.
Nas cobranças, a tensão se manteve. Angelina desperdiçou a primeira para o Brasil, mas Lorena defendeu a penalidade de Leicy Santos e manteve a equipe na disputa. Marta teve a chance de garantir o título, mas parou na goleira Kathe Tapia. Na sequência, a decisão foi para as alternadas.
Foi então que brilhou mais uma vez a estrela de Lorena. A goleira, que já havia sido fundamental na campanha olímpica com medalha de prata em Paris 2024, defendeu a cobrança da zagueira Carabalí e garantiu a vitória brasileira por 5 a 4 nos pênaltis.
Com o título, o Brasil reafirma sua hegemonia no futebol feminino da América do Sul. Nas dez edições da Copa América já realizadas, a Seleção venceu nove. A única exceção foi em 2006, quando a Argentina conquistou o título. Além do troféu, a conquista sela com emoção a despedida de Marta da competição continental e marca um novo capítulo glorioso da história do futebol feminino brasileiro.