O Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu um alerta de segurança mundial nesta segunda-feira (23), orientando todos os cidadãos norte-americanos que estão no exterior a redobrarem os cuidados. A medida ocorre em resposta à intensificação do conflito entre Israel e Irã, que já provocou interrupções em voos e o fechamento temporário do espaço aéreo em partes do Oriente Médio.
“Há potencial para manifestações contra cidadãos e interesses americanos no exterior. O Departamento de Estado recomenda que cidadãos norte-americanos em todo o mundo tenham mais cautela”, informa o alerta, disponível no site oficial do Departamento de Estado e nos portais das embaixadas dos EUA em todo o mundo.
Apesar de não mencionar diretamente os ataques aéreos norte-americanos realizados no último sábado (21) contra as instalações nucleares iranianas de Fordow, Natanz e Esfahan, o comunicado surge em um momento de grande tensão internacional.
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Aviso de Viagem
O Departamento também recomendou a leitura do Aviso de Viagem, documento que traz orientações detalhadas para quem está fora do país ou pretende viajar. Entre as informações destacadas estão:
- Lista de embaixadas, consulados e escritórios diplomáticos que prestam assistência consular;
- Dicas para escolha de acomodações seguras e acessíveis;
- Instruções sobre como agir em emergências médicas no exterior, verificar a cobertura de seguros e garantir o transporte de medicamentos prescritos.
O texto ainda explica os limites de atuação do Departamento de Estado em situações de crise internacional, esclarecendo o que pode ou não ser feito para proteger cidadãos norte-americanos no exterior.
Relembre o conflito
A atual escalada teve início em 13 de abril, quando Israel lançou ataques a instalações militares iranianas, em reação ao programa nuclear do país persa. No último sábado (21), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou ataques a três instalações nucleares no Irã, ampliando o alcance do conflito.
A resposta norte-americana motivou uma reunião de emergência da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) nesta segunda-feira, convocada no domingo (22), diante da gravidade da situação.
Durante a terceira sessão do Conselho de Segurança da ONU desde o início da crise, o secretário-geral da entidade, António Guterres, classificou os bombardeios como “uma mudança perigosa em uma região que já está em crise”, reforçando a urgência por contenção e diplomacia.