Povos de terreiro, LGBTQIA+, indígenas, pescadores e estudantes marcam presença na audiência da Defensoria Pública em Itapipoca

Defensoria Pública do Ceará reúne diversidade em audiência sobre Orçamento Participativo

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Na última quinta-feira (7/3), o auditório da Faculdade de Educação da Universidade Estadual do Ceará em Itapipoca (Facedi/Uece) recebeu uma enxurrada de vozes representativas. A primeira audiência deste ano sobre o Orçamento Participativo da instituição atraiu uma multidão engajada, incluindo representantes de diversos segmentos sociais e comunidades.

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Sob a condução da ouvidora Joyce Ramos, mais de 90 indivíduos se reuniram para compartilhar suas demandas e perspectivas. No cerne do debate, o Orçamento Participativo (OP) permitiu que a população local influenciasse nas decisões financeiras, sociais e políticas da Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE).

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A sessão plenária abordou demandas provenientes de municípios do Sertão de Sobral, da Serra da Ibiapaba e dos litorais Oeste e Norte. “A Defensoria é a casa do povo. É a casa de vocês. Por isso, antes de organizar o orçamento da instituição, a gente faz a escuta da população”, destacou a defensora geral Sâmia Farias.

Mãe Diana e Pai Boiadeiro, líderes de terreiro, fizeram um apelo à DPCE para implementar medidas de combate à intolerância religiosa e ao racismo religioso, questões que assolam a região de Itapipoca. “Que a Defensoria possa olhar por nós, porque sofremos perseguição constante. Nossa religião é um direito nosso. Eu só quero ser respeitada”, expressou Mãe Diana.

Além disso, a iniciativa “Defensoria em Movimento”, que leva os serviços da DPCE para mais perto das comunidades por meio de um caminhão, recebeu elogios e pedidos de expansão. “Que chegue em mais comunidades, porque muitas vezes temos dificuldade de sair dos nossos territórios”, frisou Raimundo Braga, presidente da Associação dos Habitantes da Praia da Baleia.

Vera Lúcia Teixeira, representante da Associação Comunitária do Assentamento Maceió, ressaltou a importância da participação popular nas decisões institucionais e clamou pela atenção às comunidades litorâneas. Ainda, criticou projetos que ameaçam os meios de subsistência dessas populações.

A demanda por mais edições do Transforma, um mutirão de mudança de nome e gênero para pessoas trans e travestis, também foi levantada. Participantes destacaram a importância desse serviço para a afirmação de identidade e dignidade.

Outros temas discutidos incluíram a ampliação de projetos como “Laços de Família”, a necessidade de aumento no número de defensores públicos e a interiorização dos serviços da Defensoria para melhor atender às populações vulneráveis.

A audiência contou com a presença de diversas defensoras e defensores públicos, todos engajados em ouvir e atender às demandas da comunidade.

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