A Vigilância Epidemiológica da Bahia confirmou, nesta quarta-feira (25), o sexto caso de botulismo no estado desde o início de 2024. A doença rara e grave já causou a morte de duas pessoas, enquanto três ainda permanecem hospitalizadas e apenas um paciente recebeu alta. Os casos envolvem moradores de Salvador, Campo Formoso, Senhor do Bonfim e Cícero Dantas.
As autoridades de saúde suspeitam que a infecção tenha ocorrido devido ao consumo de mortadela de frango contaminada. Em 2023, apenas dois casos de botulismo foram registrados no estado, ambos em Feira de Santana.
Em um vídeo divulgado pelo site da Secretaria de Saúde da Bahia, Eleuzina Falcão, coordenadora de Doenças e Agravos Transmissíveis, destacou a gravidade da situação, lembrando que até um único caso de botulismo já é considerado um surto, dada a natureza letal da doença. Ela reforçou a importância de que a população esteja atenta aos sintomas, como a paralisia muscular repentina, e recomendou cuidado redobrado com o consumo de alimentos.
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“É essencial verificar prazos de validade, selos de qualidade e evitar o consumo de produtos com latas estufadas ou vidros embaçados”, alertou Falcão.
O botulismo, segundo o glossário do Ministério da Saúde, é uma doença neuroparalítica grave, rara e não contagiosa, causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. A infecção pode ocorrer por meio de ferimentos ou ingestão de alimentos mal conservados ou inadequadamente produzidos. A doença, de notificação compulsória, exige comunicação imediata às autoridades para prevenir a ocorrência de novos casos, pois pode levar à morte por paralisia dos músculos respiratórios.