O rapper Sean “Diddy” Combs foi absolvido nesta quarta-feira (2) pelo júri popular das acusações mais graves que enfrentava em um extenso julgamento nos Estados Unidos. O processo investigava o magnata da indústria musical por supostamente chefiar, por mais de duas décadas, uma rede criminosa ligada ao tráfico sexual.
Apesar de ter escapado da possibilidade de pena perpétua, o artista de 55 anos foi considerado culpado por duas acusações de transporte com fins de prostituição. As acusações se referem a duas vítimas que mantiveram relacionamentos amorosos com o empresário, sendo uma delas a cantora Cassie Ventura e a outra uma mulher identificada sob o pseudônimo de “Jane Roe”.
Segundo veículos da imprensa americana, como a CNN, cada uma das acusações pode render até 10 anos de prisão, somando uma possível pena de 20 anos. O veredito do júri, no entanto, foi visto como mais brando do que o esperado, diante da gravidade das alegações iniciais.
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A decisão surpreendeu uma multidão de jornalistas e curiosos que acompanhavam o caso em salas alternativas ao tribunal, preparadas para atender à demanda pública. Muitos apoiadores de Diddy presentes no local reagiram com emoção e comemoraram o resultado.
Após o anúncio, lido pela porta-voz do júri e confirmado pelos demais membros, Diddy demonstrou alívio ao visitar seu advogado principal, Marc Agnifilo. Ele fez gestos de agradecimento com a cabeça e acenou para familiares, em comemoração discreta à decisão.
Mesmo com o resultado favorável em parte, o rapper permanece preso no Brooklyn enquanto aguarda a leitura da sentença, prevista para as próximas semanas. A defesa já solicitou sua soltura imediata, mas a Promotoria se opôs, alegando risco de fuga e classificando Combs como uma ameaça à sociedade.
O juiz federal Arun Subramanian deve decidir nos próximos dias se o réu poderá responder em liberdade até a sentença. O caso segue sob ampla cobertura da mídia internacional, dada a notoriedade de Diddy e a complexidade das acusações.