O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste sábado (13) que está preparado para impor novas sanções energéticas contra a Rússia, mas condicionou a medida à adesão integral de todas as nações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Segundo ele, apenas uma ação coordenada do bloco poderá ter impacto real sobre Moscou.
“Estou pronto para impor grandes sanções à Rússia quando todas as nações da Otan concordarem e começarem a fazer a mesma coisa, e quando todas as nações da Otan pararem de comprar petróleo da Rússia”, afirmou Trump em publicação nas redes sociais.
Nas últimas semanas, Washington tem intensificado a pressão sobre os países da Otan para que fortaleçam as sanções energéticas contra Moscou, em uma tentativa de enfraquecer o financiamento da guerra contra a Ucrânia. Apesar disso, o governo norte-americano tem sido alvo de críticas internas, já que Trump estabeleceu repetidos prazos para que a Rússia reduzisse sua ofensiva militar, sem aplicar medidas imediatas ao fim desses períodos.
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A União Europeia (UE), que já adotou diversos pacotes de sanções, reiterou neste sábado que mantém diálogo constante com parceiros internacionais para reforçar as restrições contra Moscou. Um porta-voz da Comissão Europeia destacou que todas as medidas são aplicadas em conformidade com as regras do bloco. Já a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, afirmou em discurso nesta semana que qualquer novo pacote seguirá o princípio de não aplicação extraterritorial.
As exportações de petróleo e gás seguem como principal fonte de receita do Kremlin, o que torna o setor energético alvo central das sanções ocidentais. No entanto, especialistas alertam que medidas mais agressivas podem elevar os preços globais do petróleo, impactando diretamente as economias ocidentais e reduzindo o apoio popular às restrições.
Trump também sugeriu que a Otan, atuando de forma conjunta, deveria aplicar tarifas entre 50% e 100% sobre importações chinesas. Para o presidente, a medida enfraqueceria a influência econômica de Pequim sobre Moscou, dificultando a sustentação financeira da Rússia em meio ao conflito.