Embalado pelo discurso de que sua torcida “pede o mundo de novo”, o Flamengo entra em campo nesta quarta-feira (17) para um dos jogos mais importantes de sua história recente. A partir das 14h (horário de Brasília), o Rubro-Negro enfrenta o Paris Saint-Germain (PSG), da França, no estádio Ahmad bin Ali, em Al Rayan, no Catar, na grande decisão da Copa Intercontinental de Clubes da Fifa.
O clube carioca garantiu vaga na competição após a conquista da última edição da Copa Libertadores da América e chega motivado pela chance de voltar a erguer um troféu de alcance mundial, feito alcançado pela primeira e histórica vez em 1981. A lembrança daquela conquista segue como referência para gerações de flamenguistas e para o atual elenco.
Em entrevista coletiva, o técnico Filipe Luís destacou o peso simbólico do título mundial de 1981 na trajetória do clube. “Nunca, nenhuma geração será maior do que a de 1981, que foi a primeira. O fato de existirem 40 milhões de flamenguistas é produto daquela geração. Quantos Arthurs existem por causa do Zico? Quantos Leandros? Foi uma geração que marcou época e fez os pais levarem os filhos aos estádios por anos”, afirmou o treinador.
Agora, em 2025, o desafio é medir forças com um PSG que vive um momento histórico. O clube francês conquistou pela primeira vez o título da Liga dos Campeões da Europa e busca, diante do Flamengo, levantar seu primeiro troféu mundial. Para Filipe Luís, a decisão exige equilíbrio emocional e estratégia. “Teremos a oportunidade de jogar mais uma final. Há jogadores que passam toda a carreira sem disputar sequer uma semifinal de competição importante. A única coisa que passa pela minha cabeça é estar no melhor nível mental para traçar o plano para vencer esse jogo complicado com o PSG e ser campeão com o Flamengo, o que é a nossa maior motivação”, ressaltou.
Veja também
Do lado francês, a final também tem sabor especial. O PSG tenta apagar a frustração recente da Copa do Mundo de Clubes, quando foi derrotado pelo Chelsea na decisão, e vê na Copa Intercontinental uma nova chance de marcar seu nome na história. “Sabemos da importância deste jogo. Isso representa muito para nós. Marcar a história no PSG foi um objetivo na temporada passada e também é nesta temporada. É a primeira vez que podemos levar esse troféu”, declarou o técnico espanhol Luis Enrique.
Questionado sobre enfrentar novamente um clube brasileiro, após a derrota para o Botafogo na Copa do Mundo de Clubes, Luis Enrique elogiou o estilo do Flamengo. “O Botafogo atuou fechado, em seu campo de defesa. O Flamengo não atuará assim. É um time que joga muito bem com a bola, sai jogando de trás, pressiona forte sem a posse. É fisicamente muito forte, com jogadores experientes e de muita qualidade. Será uma final apaixonante”, avaliou.
Para a decisão, o Flamengo contará com força máxima. O atacante Pedro, que ganhou minutos recentemente diante do Pyramids, do Egito, está à disposição, mas não deve começar como titular. A tendência é que Filipe Luís escale a equipe com: Rossi; Varela, Danilo, Léo Pereira e Alex Sandro; Pulgar, Jorginho e Arrascaeta; Carrascal, Plata e Bruno Henrique.
Com tradição, elenco experiente e o apoio simbólico de uma torcida espalhada pelo mundo, o Flamengo entra em campo sonhando em reviver a glória de 1981 e escrever mais um capítulo histórico diante do poderoso PSG.



