O vídeo que mostra uma adolescente de 14 anos agredindo uma criança de 12 anos dentro de escola na zona rural de Itapipoca, a 35 km da cidade, repercutiu nas redes sociais durante a semana.
A mãe da criança, Elizabeth Gomes, em entrevista à Nordestv/Band, afirma que, ao saber do caso, foi ao Conselho Tutelar e à delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência.
“Eu sou uma mãe super protetora. Se não tivesse gravação, jamais acreditaria, porque eu achava que era uma briguinha à toa. Tinham outros vídeos, mas foram apagados. A escola queria esconder o caso, porque mandou apagar”, denuncia a mãe.
Segundo Elizabeth Gomes, a adolescente começou a agredir o menino no portão de entrada da escola, que fica localizada na comunidade Olho D’Água. “Ela começou a bater no portão de entrada. Não foi só aquilo que a gente viu no vídeo. Agora não tem como provar, porque os outros vídeos foram apagados. Outros adolescentes viram, mas não podem testemunhar”.
A criança agredida comentou que tudo aconteceu em razão de boatos. “Os meninos foram dizer que eu tinha falado da menina e colocaram a culpa em cima de mim, que eu tinha falado dela, e ela me bateu”. Durante o vídeo, é possível ver que a criança pedia respeito. “Eu dizia para ela me respeitar, que ela tava na escola”.
Segundo a Conselheira Tutelar de Itapipoca, Maria Lucilene, o órgão teve conhecimento do caso na sexta-feira, dia 29 de julho. “Está com oito dias, mas não fomos lá resolver, porque há outros tipos de problemas. Vamos ouvir todas as partes envolvidas na terça-feira [10 de julho], fazer o relatório e encaminhar ao Ministério Público. O Conselho Tutelar está fazendo os procedimentos cabíveis”.
A diretora da escola, Maria de Fátima Azevedo, afirma que todas as medidas possíveis foram feitas de acordo com o regimento da escola. “O setor jurídico da Secretaria da Educação está tomando as medidas cabíveis e a gente está aguardando os resultados. Desde o momento do ocorrido, a gente tomou as devidas providências que seriam necessárias para que esse caso fosse solucionado”.
“Quando acontece um caso na nossa escola, todos se sentem no direito de julgar sem ver o que realmente está acontecendo, sem ver que a escola não é um problema. É uma escola calma. Aconteceu um caso, é normal, pode acontecer em qualquer escola, mas nós não nos omitimos”.
Confira o caso: Adolescente agride criança em escola da zona rural de Itapipoca; vídeo registra o momento
Fonte: Tribuna do Ceará