Maior ataque hacker ao sistema financeiro do Brasil pode ter desviado até R$ 1 bilhão, dizem fontes

Após invasão à C&M Software, Banco Central determinou desligamento da empresa do Sistema de Pagamentos Brasileiro; contas reserva de instituições como a BMP foram acessadas.

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O Banco Central (BC) informou nesta quarta-feira (2) que a empresa C&M Software sofreu um ataque hacker que comprometeu sua infraestrutura tecnológica. A companhia atua como prestadora de serviços bancários no modelo Bank as a Service (BaaS), fornecendo tecnologia a instituições que operam contas internacionais sem conexão própria com o sistema financeiro nacional.

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Como medida de segurança, o BC determinou o desligamento imediato da C&M do acesso às infraestruturas operadas pela empresa, incluindo o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), que realiza integrações e liquidações financeiras entre instituições, como transações via Pix.

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Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, os criminosos teriam conseguido desviar milhões de reais por meio de acessos ao SPB. Estimativas extraoficiais indicam que os prejuízos podem ter alcançado até R$ 1 bilhão, o que tornaria o episódio o maior ataque já registrado ao sistema financeiro do Brasil. No entanto, o Banco Central não confirmou publicamente o valor nem divulgou a lista completa das instituições atingidas.

Uma das empresas afetadas, a BMP, divulgou um comunicado oficial confirmando o impacto do incidente. “O incidente de cibersegurança comprometeu a infraestrutura da C&M e permitiu acesso indevido a contas reserva de seis instituições financeiras, entre elas a BMP”, diz a nota.

Essas contas reserva são mantidas diretamente no Banco Central e usadas exclusivamente para liquidações interbancárias, sem relação com contas de clientes finais. “Reforçamos que nenhum cliente da BMP foi impactado ou teve seus recursos acessados”, acrescentou a empresa.

A BMP afirmou ainda que já adotou todas as providências legais e operacionais cabíveis, e garantiu ter colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor afetado, “sem prejuízo à sua operação ou a seus parceiros comerciais”.

O caso segue em investigação pelas autoridades competentes, com expectativa de novos desdobramentos nos próximos dias.

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