O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal de Tauá determinou, nesta quinta-feira (09/11), a sentença de 30 anos de prisão para Antônio Josivan Lopes Silva. O réu, acusado do assassinato do escrivão da Polícia Civil, Aloizio Alves de Lima Amorim, em 2021, deverá cumprir a pena em regime fechado, sem possibilidade de recurso em liberdade.
O crime, ocorrido na madrugada de 30 de abril daquele ano, teve como palco a Delegacia Regional de Tauá. O júri considerou que Antônio Josivan dificultou a defesa da vítima ao se apossar da arma do policial e atingi-lo no rosto, resultando na sua morte. O juiz Frederico Costa Bezerra, que presidiu a sessão de julgamento, destacou que o delito foi cometido com menosprezo à vida do policial, visando escapar de uma autuação em flagrante por outro crime.
A sentença agravou a pena em ⅓, atingindo o limite legal máximo, devido à gravidade do caso. O magistrado ressaltou que o local do ferimento impediu uma despedida digna da família do policial e considerou a idade da vítima, que era maior de 60 anos. “A garantia da ordem pública deve ser preservada pela prisão cautelar diante da gravidade do delito que ceifou a vida de um escrivão dentro de uma delegacia”, afirmou o juiz, apontando a periculosidade social do acusado, multireincidente.
O julgamento ocorreu no contexto do Mês Nacional do Júri, uma iniciativa anual promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com tribunais de todo o país. Durante todo o mês de novembro, 99 comarcas cearenses participarão, agilizando o andamento de 439 processos de crimes contra a vida, tentados ou consumados, sendo 92 na Capital e 347 no Interior.
