Áudio revela possível envolvimento de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro em esquema de desvio de presentes estrangeiros

Investigação da Operação Lucas 12:2 aponta para esquema de venda de presentes de autoridades estrangeiras durante governo Bolsonaro e suposta ligação com ex-presidente

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Na manhã desta terça-feira, as investigações da Polícia Federal (PF) avançaram com a revelação de um áudio comprometedor envolvendo Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. O conteúdo do áudio traz à tona uma possível conexão entre Mauro Cid e o desvio de valores relacionados a presentes de autoridades estrangeiras durante o governo anterior.

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O áudio em questão foi obtido pela PF e faz parte do amplo relatório que embasou a deflagração da Operação Lucas 12:2, cujo foco é apurar as atividades de uma suposta organização criminosa voltada para o desvio e comercialização ilícita de presentes recebidos por autoridades estrangeiras durante a gestão de Jair Bolsonaro.

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Nesse áudio, datado de 18 de janeiro deste ano, Mauro Cid é ouvido discutindo com Marcelo Câmara, apontado como assessor de Bolsonaro, a venda de esculturas oferecidas pelo governo do Bahrein durante uma viagem oficial. A conversa, aparentemente comprometedora, sugere uma movimentação de valores que seriam, segundo os investigadores, pertencentes ao ex-presidente.

O áudio revela uma preocupante dinâmica onde o dinheiro obtido com a venda desses presentes estrangeiros seria convertido em dinheiro em espécie e supostamente direcionado para o patrimônio pessoal de Jair Bolsonaro, através de intermediários e sem utilizar o sistema bancário formal. O objetivo desta suposta prática seria ocultar a origem, localização e propriedade dos valores envolvidos.

Em consonância com as descobertas da investigação, a PF deflagrou hoje uma operação que incluiu buscas e apreensões em diversos locais, atingindo Mauro Cid, seu pai, o general de Exército Mauro Lourena Cid, e também o ex-advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef. A ação visa aprofundar as evidências e coletar elementos que possam esclarecer os detalhes deste esquema.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que autorizou a operação, ressaltou o avanço das investigações e a existência de indícios que apontam para a transferência dos valores obtidos com a venda dos presentes para Jair Bolsonaro. De acordo com a decisão, “os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-Presidente da República”.

Cabe ressaltar que as regras do Tribunal de Contas da União (TCU) estabelecem claramente que os presentes recebidos de governos estrangeiros devem ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), órgão responsável pela guarda e catalogação desses itens, e não podem integrar o acervo pessoal de qualquer autoridade.

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