O Brasil voltou a ser considerado um país livre da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), após cumprir todos os protocolos sanitários exigidos internacionalmente. A confirmação foi feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que anunciou nesta quarta-feira (18) o encerramento do período de 28 dias sem novos registros da doença em granjas comerciais — etapa essencial para a autodeclaração de ausência da enfermidade.
A notificação oficial foi enviada à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), restabelecendo o status sanitário do país. “Com a notificação, o país se autodeclara livre da influenza aviária de alta patogenicidade”, informou o ministério em nota.
O único caso confirmado da doença em estabelecimento comercial no Brasil foi registrado em 16 de maio, em uma granja localizada no município de Montenegro (RS). Após a desinfecção completa do local, foi iniciado o chamado “vazio sanitário” de 28 dias, conforme estabelecido pelos protocolos internacionais. Com o fim desse prazo sem novos focos, o Brasil concluiu todas as ações sanitárias exigidas.
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“Não se comemora uma crise, mas é preciso reconhecer a robustez do nosso sistema sanitário, que respondeu com total transparência e eficiência. Seguimos todos os protocolos, contivemos o foco e agora avançamos com responsabilidade para uma retomada gradativa do comércio exterior, mostrando a força do serviço sanitário brasileiro”, declarou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
Com a recuperação do status sanitário, o governo federal iniciou a notificação formal aos países que haviam imposto restrições temporárias às exportações brasileiras de produtos avícolas. A expectativa é de que o comércio internacional seja normalizado nos próximos dias.
Influenza aviária
Conhecida como gripe aviária, a influenza afeta principalmente aves, mas também já foi identificada em mamíferos, como bovinos. A transmissão ocorre pelo contato direto com animais infectados ou por meio de água e materiais contaminados.
Embora rara em humanos, a doença exige atenção e o cumprimento de medidas preventivas. O Ministério da Agricultura reforça que carnes e ovos podem ser consumidos com segurança, desde que sejam bem cozidos ou preparados de forma adequada.
