Ministro do STF determina que Telegram indique representante no Brasil sob pena de suspensão do aplicativo

Decisão ocorre no contexto de investigação sobre campanha contra Projeto de Lei das Fake News e destaca histórico de dificuldades para notificar a empresa

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou hoje (26) que o aplicativo de mensagens Telegram indique um representante no Brasil em 24 horas, sob pena de ser retirado do ar, inicialmente por 48 horas, e multado em R$ 500 mil por dia.

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A determinação surge no contexto de um inquérito que investiga o Telegram por promover uma campanha contra o Projeto de Lei das Fake News (PL 2630/2020). A investigação foi iniciada em 12 de maio, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), e tem como alvo dirigentes e representantes da empresa no Brasil. O Google Brasil também está sendo investigado.

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No caso específico do Telegram, a motivação para a investigação foi uma mensagem enviada para todas as contas do aplicativo no Brasil, na qual o PL das Fake News era descrito como uma “ameaça à democracia” e acusado de conceder “poderes de censura” ao governo federal.

Após a disseminação dessa mensagem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), solicitou a intervenção da PGR, alegando uma campanha “abusiva” de empresas de tecnologia contra o referido projeto de lei.

Após a abertura do inquérito, Moraes determinou que a Polícia Federal (PF) ouvisse o advogado Alan Campos Elias Thomaz, que atuava como representante do Telegram no Brasil. No entanto, o advogado informou aos agentes que ele e o escritório ao qual é sócio não prestam mais serviços à plataforma desde 14 de maio.

Na decisão proferida nesta sexta-feira (26), Moraes ressaltou que essa não é a primeira vez que o Supremo enfrenta dificuldades para notificar o Telegram sobre decisões judiciais. Em março de 2022, o ministro já havia determinado a indicação de um representante no Brasil, sob pena de a empresa não poder operar no país.

Naquela ocasião, o presidente do Telegram, Pavel Durov, enviou um e-mail ao Supremo garantindo que cumpriria as determinações da Justiça brasileira. Moraes destacou que o Telegram indicou Alan Campos Elias Thomaz como representante legal no Brasil, além de informar que continuaria “construindo e reforçando nossa equipe brasileira”.

A decisão para que o Telegram nomeie um novo representante no país foi enviada para o e-mail fornecido pela empresa para receber notificações do Supremo Tribunal Federal.

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