Terremoto no Afeganistão deixa mais de 2,2 mil mortos e quase 4 mil feridos

ONU e OMS alertam para risco de epidemias e reforçam apelos por ajuda internacional diante da maior tragédia sísmica da história do país.

Portal Itapipoca Portal Itapipoca
3 minuto(s) de leitura

O número de mortos confirmados após o terremoto registrado no último domingo (31) no Afeganistão subiu para 2,2 mil, segundo o mais recente balanço divulgado nesta quarta-feira (3) pelas autoridades talibãs. A tragédia já é considerada o sismo mais letal da história do país.

- CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE -

De acordo com o porta-voz adjunto do governo afegão, Hamdullah Fitrat, o número de feridos também aumentou, chegando a quase 4 mil, enquanto mais de 7 mil casas foram completamente destruídas. A maioria das vítimas vivia em aldeias montanhosas da província de Kunar, onde deslizamentos de terra e quedas de rochas seguem dificultando o acesso das equipes de resgate.

- CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE -

As autoridades admitem que o número de mortos pode subir ainda mais, já que “centenas de corpos foram encontrados em casas destruídas” durante as operações de busca e salvamento que continuam em andamento. O balanço anterior apontava cerca de 1,460 mortos e 3,4 mil feridos.

O tremor principal alcançou magnitude 6,0 na escala Richter e foi seguido por seis réplicas, das quais pelo menos duas atingiram 5,2. Na terça-feira (2), um novo abalo de mesma intensidade voltou a atingir o leste do país.

Situação crítica

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que as chances de encontrar sobreviventes estão “diminuindo rapidamente”, agravadas pelas fortes chuvas que atingem a região. A entidade também pediu apoio financeiro imediato de US$ 4 milhões (cerca de R$ 21 milhões) para atender às “imensas necessidades” das vítimas.

A ONU, por sua vez, já liberou US$ 5 milhões (R$ 27 milhões), mas tanto a organização quanto outras entidades humanitárias destacaram as dificuldades em ampliar o auxílio. Desde o início do ano, várias agências reduziram a assistência aos afegãos por conta de cortes na ajuda internacional.

A catástrofe acontece em um momento em que o Afeganistão enfrenta uma grave crise humanitária. Após quatro décadas de guerra, o sistema de saúde encontra-se próximo do colapso, enquanto a economia do país sofre forte impacto das sanções impostas desde a volta do regime talibã ao poder, em 2021.

Compartilhe
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

- Advertisement -