Anvisa aprova registro do medicamento Apretude para prevenção do HIV em pessoas com mais de 35 kg

Cabotegravir, um antirretroviral injetável, oferece nova opção de profilaxia pré-exposição (PrEP) para indivíduos com dificuldade de aderir ao tratamento oral diário.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a aprovação do registro do medicamento Apretude (cabotegravir), nas formas farmacêuticas comprimido e suspensão injetável, para a prevenção do contágio pelo vírus HIV em indivíduos com pelo menos 35 quilos. O cabotegravir pertence à classe dos inibidores da enzima integrase e atua impedindo a inserção do DNA viral do HIV no DNA humano, bloqueando sua replicação e capacidade de infectar novas células.

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A principal novidade é a forma injetável do medicamento, que representa uma opção alternativa à PrEP oral diária. Ao contrário dos comprimidos, o cabotegravir injetável pode ser administrado a cada dois meses, o que facilita a adesão ao tratamento, especialmente para pessoas com dificuldade em tomar medicamentos diariamente. Já o Apretude comprimido oral é indicado como uma etapa de avaliação da tolerabilidade ao cabotegravir antes da administração da forma injetável, ou como opção de PrEP para aqueles que perderam a dose programada do medicamento injetável.

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Os estudos clínicos que comprovaram a segurança e eficácia do cabotegravir foram realizados em 43 centros de pesquisa, incluindo quatro instituições brasileiras. O Apretude demonstrou reduzir o risco de infecção pelo HIV-1 adquirido sexualmente em pessoas com peso corporal igual ou superior a 35 quilos e em risco de contrair a infecção pelo HIV-1.

Apesar de ser uma estratégia importante no combate à transmissão do vírus, a Anvisa ressalta que o cabotegravir não é uma vacina contra o HIV. A PrEP funciona bloqueando os caminhos que o vírus percorre para infectar a célula humana, oferecendo proteção enquanto o tratamento é mantido. Portanto, é fundamental que o medicamento seja prescrito apenas para indivíduos confirmados como HIV negativos, com testes realizados antes do início do uso e antes de cada nova injeção para evitar o desenvolvimento de resistência.

A incorporação do cabotegravir no Sistema Único de Saúde (SUS) dependerá da decisão do Ministério da Saúde, após avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Além disso, o preço do medicamento também precisa ser aprovado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos para que esteja disponível no mercado.

A aprovação do registro do Apretude representa um avanço significativo no combate ao HIV e na oferta de opções de prevenção para indivíduos em risco. O cabotegravir injetável proporciona uma alternativa viável e conveniente para aqueles que têm dificuldades em manter o tratamento diário, contribuindo para reduzir a disseminação do vírus e melhorar a saúde pública.

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