Cientistas da UERJ identificam nova espécie de dinossauro no Recôncavo Baiano e revelam descoberta pioneira na América do Sul

Tietasaura derbyiana é nomeada em homenagem a Jorge Amado e Orville A. Derby, marcando um marco significativo na paleontologia brasileira.

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Cientistas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) surpreenderam a comunidade científica ao identificar uma nova espécie de dinossauro no Recôncavo Baiano. Batizada de Tietasaura derbyiana, a descoberta não apenas amplia nosso entendimento sobre a fauna pré-histórica da região, mas também marca o registro dos primeiros ossos de dinossauros encontrados na América do Sul, segundo a instituição.

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O nome escolhido para a espécie, Tietasaura derbyiana, carrega um significado simbólico. Em homenagem ao romance “Tieta do Agreste”, de Jorge Amado, e ao renomado geólogo e naturalista Orville A. Derby, fundador do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil, a designação reflete tanto a riqueza cultural quanto a importância histórica da descoberta. Segundo Kamila Bandeira, paleontóloga envolvida no estudo, a escolha do nome foi uma referência à narrativa do romance, onde a personagem Tieta retorna à sua cidade natal, trazendo consigo mudanças significativas, assim como os fósseis agora retornam ao Brasil, trazendo novas informações científicas e a identificação de uma nova espécie de ornitísquio para o país.

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A Tietasaura derbyiana é um exemplar notável por ser a primeira espécie de dinossauro ornitísquio descoberta no Brasil, caracterizado por sua alimentação herbívora, focinho em forma de bico e uma pélvis semelhante à das aves. A descoberta também destaca uma tendência da região em abrigar esses animais antigos, fornecendo insights valiosos sobre a paleobiologia e evolução dos dinossauros na América do Sul.

“A Tietasaura foi descrita juntamente com outros materiais de dinossauros, os mais antigos coletados na América do Sul. Embora hoje tenhamos uma diversidade significativa de espécies na Argentina e no Brasil, é na Bahia que encontramos os primeiros vestígios desses majestosos animais”, destaca a paleontóloga.

A equipe de paleontólogos, liderada por Kamila Bandeira e Valéria Gallo, do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes da UERJ, realizou uma minuciosa análise dos fósseis coletados entre 1859 e 1906 na Bacia do Recôncavo, localizada no leste da Bahia. Esses materiais, considerados perdidos, foram recentemente redescobertos no Museu de História Natural de Londres, ressaltando a importância da preservação e da colaboração internacional na pesquisa paleontológica. Embora ainda não haja previsão para o retorno dos fósseis ao Brasil, sua identificação e análise representam um passo significativo na compreensão da história evolutiva dos dinossauros no continente sul-americano.

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