Dívida Pública Federal atinge novo recorde e ultrapassa R$ 6,6 trilhões em março

Mesmo com alto volume de vencimentos, indicador registra alta de 0,65% no último mês

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A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil atingiu um novo marco em março, ultrapassando a marca de R$ 6,6 trilhões, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Tesouro Nacional. Apesar do alto volume de vencimentos, o estoque da DPF registrou um aumento de 0,65% em relação ao mês anterior.

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No mesmo período do ano passado, a DPF já havia superado os R$ 6 trilhões pela primeira vez, evidenciando uma tendência de crescimento contínuo. No entanto, mesmo com o aumento em março, o estoque da dívida ainda se mantém abaixo das projeções do Plano Anual de Financiamento (PAF), que estimava um encerramento entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões para o ano de 2024.

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O aumento da Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) foi um dos principais impulsionadores desse crescimento, com um acréscimo de 0,67%, totalizando R$ 6,362 trilhões em março. Embora o Tesouro Nacional tenha resgatado mais títulos do que emitido, especialmente os corrigidos pela taxa Selic, a dívida ainda aumentou devido à apropriação de juros, que alcançou R$ 55,25 bilhões no período.

A emissão de títulos da DPMFi atingiu o volume mais alto desde janeiro deste ano, alcançando R$ 168,72 bilhões em março. Grande parte dessas emissões foi destinada à troca de títulos corrigidos pela taxa Selic que venceram no mês passado. Esse movimento foi acompanhado por um aumento significativo nos resgates, que somaram R$ 182,09 bilhões, mais de cinco vezes o valor registrado em fevereiro.

No mercado externo, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) também apresentou um aumento de 0,21%, alcançando R$ 276,73 bilhões em março, influenciada pela leve alta do dólar. Porém, o verdadeiro impacto do aumento do dólar só começou a ser sentido em abril, refletindo o atraso no início da queda dos juros nos Estados Unidos.

Além disso, o colchão da dívida pública, utilizado como reserva financeira em momentos de instabilidade, registrou seu segundo aumento consecutivo, atingindo R$ 887 bilhões em março, capaz de cobrir 6,95 meses de vencimentos da dívida pública, que nos próximos 12 meses está prevista em R$ 1,211 trilhão.

A composição da DPF também passou por mudanças, com uma redução na proporção de títulos corrigidos pela Selic e um aumento na participação de títulos prefixados. Essa tendência reflete a expectativa de queda nos juros básicos da economia nos próximos meses. Por fim, o prazo médio da DPF aumentou para 4,11 anos, indicando uma maior confiança dos investidores na capacidade do governo em honrar seus compromissos.

No cenário dos detentores da dívida, as instituições financeiras continuam sendo os principais investidores, seguidas pelos fundos de pensão e de investimento. Destaca-se também o aumento da participação dos não residentes (estrangeiros), que atingiu 10,2% em março, repetindo o recorde observado anteriormente em outubro do ano passado.

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