Dívida Pública Federal sobe 1,62% e alcança R$ 8,2 trilhões em outubro

Crescimento foi impulsionado pela forte emissão de títulos atrelados à Selic e pela apropriação de juros, segundo o Tesouro Nacional.

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A Dívida Pública Federal (DPF) registrou nova alta em outubro, avançando 1,62% em relação a setembro. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27), em Brasília, pelo Tesouro Nacional, o estoque passou de R$ 8,122 trilhões para R$ 8,253 trilhões, influenciado principalmente pela emissão de títulos vinculados aos juros.

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A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) cresceu 0,31% no período, saindo de R$ 7,82 trilhões em setembro para R$ 7,948 trilhões em outubro. Apenas no mês, o Tesouro emitiu R$ 41,38 bilhões a mais do que resgatou, com destaque para os títulos pós-fixados atrelados à taxa Selic. Além disso, houve apropriação de R$ 85,23 bilhões em juros, valor que também eleva o estoque da dívida.

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Com a Selic em 15% ao ano, a apropriação mensal de juros tem exercido forte pressão sobre o endividamento público, já que o governo incorpora aos números da dívida a correção dos títulos emitidos.

Apesar de outubro ter sido marcado por um alto volume de vencimentos de papéis prefixados, os resgates somaram R$ 119,86 bilhões, ficando abaixo das novas emissões, o que contribuiu para a elevação da DPMFi.

A parcela externa da dívida (DPFe) também subiu, passando de R$ 301,53 bilhões para R$ 305,06 bilhões, alta de 1,17%. O movimento foi influenciado pela valorização de 1,24% do dólar no período, em meio a tensões entre o governo de Donald Trump e a China.

O colchão da dívida pública — reserva financeira usada para garantir pagamentos em momentos de instabilidade — voltou a crescer e atingiu R$ 1,048 trilhão em outubro, ante R$ 1,032 trilhão em setembro. Segundo o Tesouro, o aumento foi resultado direto da emissão líquida positiva no mês. Atualmente, o colchão cobre 8,81 meses de vencimentos, enquanto R$ 1,434 trilhão em títulos devem vencer nos próximos 12 meses.

Na composição da DPF, a participação dos títulos atrelados à Selic aumentou de 47,47% para 48,19% entre setembro e outubro. Já os papéis corrigidos pela inflação recuaram levemente, de 26,81% para 26,68%. Os prefixados caíram de 22,02% para 21,44%, enquanto os títulos vinculados ao câmbio tiveram pequena redução, de 3,7% para 3,68%.

De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), revisado em setembro, o estoque total da DPF deve encerrar 2025 entre R$ 8,5 trilhões e R$ 8,8 trilhões.

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