Fazendeiro condenado como mandante da Chacina de Unaí entrega-se à Polícia Federal em Brasília

Antério Mânica, ex-prefeito e irmão de Norberto Mânica, se entrega após determinação do TRF-6; outros envolvidos na chacina permanecem foragidos.

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O ex-prefeito de Unaí, Antério Mânica, condenado como mandante da Chacina de Unaí, ocorrida em 2004, entregou-se às autoridades na manhã deste sábado, em Brasília. A prisão ocorre após a determinação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) de prisão imediata dos irmãos Mânica e de dois outros condenados por intermediarem o crime que chocou Minas Gerais e o país.

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Na última quarta-feira, o TRF-6 havia determinado a prisão dos irmãos Mânica, juntamente com José Alberto de Castro, condenado por contratar os pistoleiros responsáveis pelo assassinato dos auditores fiscais do trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares, Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira. As vítimas investigavam denúncias de trabalho análogo à escravidão na região.

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A prisão de Antério Mânica ocorre após o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) ter emitido uma nota elogiando os esforços para que os responsáveis pela chacina fossem levados à justiça. A nota destaca que a luta de quase duas décadas não foi em vão e ressalta a influência do poder econômico dos envolvidos, que contavam com uma equipe de advogados de defesa renomados.

O julgamento que levou à condenação de Antério Mânica a 64 anos de prisão ocorreu em maio do ano passado, após a anulação de sua condenação anterior, uma vez que seu irmão, Norberto, confessou ser o único mandante do crime. No entanto, ambos recorreram da condenação e permaneceram em liberdade até a recente decisão do TRF-6.

Além dos irmãos Mânica, outros envolvidos na chacina ainda estão foragidos. José Alberto de Castro e Hugo Alves Pimenta, condenados por contratar os atiradores, aguardam o resultado dos recursos em liberdade. Os únicos que cumpriam pena até o momento eram os três pistoleiros, Erinaldo Vasconcelos, Rogério Allan e William Miranda, presos desde 2004 e condenados em 2013.

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