Deputado Júnior Mano nega envolvimento em desvios investigados pela PF na Operação Underhand

Parlamentar do PSB-CE afirma confiar na Justiça e diz que jamais participou de licitações ou gestão de recursos; operação apura suposta fraude em emendas parlamentares destinadas a cidades do Ceará.

Portal Itapipoca Portal Itapipoca
3 minuto(s) de leitura

O deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) negou ter qualquer relação com os fatos investigados na Operação Underhand, deflagrada nesta terça-feira (8) pela Polícia Federal (PF) para apurar supostos desvios de recursos públicos destinados a municípios do Ceará por meio de emendas parlamentares.

- CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE -

Em nota divulgada por sua assessoria, Mano declarou que, como parlamentar, não exerce funções executivas ou administrativas em prefeituras, não participa de processos licitatórios e tampouco integra comissões de licitação, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos.

- CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE -

“O parlamentar reafirma sua confiança nas instituições, em especial no Poder Judiciário e na Polícia Judiciária Federal, e reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e o exercício probo da função pública”, disse a assessoria, acrescentando que o deputado está convencido de que, ao final das apurações, “a verdade dos fatos prevalecerá, com o completo esclarecimento das circunstâncias e o reconhecimento de sua correção de conduta”.

Também por meio de nota, o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Pedro Campos, manifestou apoio ao colega de partido e afirmou esperar que todos os fatos sejam esclarecidos “com a máxima brevidade possível” e que seja garantido o devido processo legal e o direito à ampla defesa dos investigados.

De acordo com a PF, integrantes de uma suposta organização criminosa teriam fraudado processos licitatórios e contratos firmados por prefeituras para desviar e se apropriar de recursos públicos. A corporação informou ainda que as condutas investigadas configuram possíveis crimes de organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fins eleitorais.

Além de Júnior Mano, outras cinco pessoas são alvo da operação, que foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Como a investigação corre sob sigilo, os nomes dos demais investigados não foram divulgados.

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Brasília e nos municípios cearenses de Fortaleza, Baixio, Canindé, Eusébio e Nova Russas. A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Mendes também determinou o bloqueio de R$ 54 milhões em bens e valores pertencentes aos investigados ou a empresas nas quais eles têm participação.

O ministro ainda autorizou o acesso aos dados telemáticos de celulares apreendidos, o compartilhamento integral das provas com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a abertura de uma investigação específica para aprofundar a apuração sobre eventual participação de autoridades com foro privilegiado na destinação e execução ilícitas de emendas parlamentares.

Compartilhe
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

- Advertisement -