A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira, a manutenção da bandeira vermelha patamar 1 para o mês de novembro. Com isso, as contas de luz terão um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Em agosto e setembro, a Aneel havia acionado a bandeira vermelha patamar 2, com custo adicional de R$ 7,87 por 100 kWh. A redução para o patamar 1, segundo a agência, reflete uma leve melhora nas condições de geração, embora o cenário continue desfavorável devido à falta de chuvas.
De acordo com a Aneel, o baixo volume de precipitações tem impactado os níveis dos reservatórios das hidrelétricas, principais responsáveis pela geração de energia no país. “O cenário segue desfavorável para a geração hidrelétrica, devido ao volume de chuvas abaixo da média e à redução nos níveis dos reservatórios. Dessa forma, para garantir o fornecimento de energia é necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado, justificando a manutenção da bandeira vermelha patamar 1”, informou a agência em nota.
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A Aneel também destacou que a geração solar é intermitente e não injeta energia para o sistema durante todo o dia. “Por essa razão, é necessário o acionamento das termelétricas para garantir a geração de energia quando não há iluminação solar, inclusive no horário de ponta”, acrescentou o órgão regulador.
Custos extras
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias tem o objetivo de tornar mais transparente o custo real da geração de energia elétrica no Brasil. As bandeiras são divididas por cores — verde, amarela e vermelha (patamares 1 e 2) — e indicam se haverá ou não cobrança adicional na conta de luz.
Quando a bandeira verde está em vigor, não há acréscimo na tarifa. Já nas bandeiras amarela e vermelha, são aplicados valores extras a cada 100 kWh consumidos, de acordo com os custos de produção e as condições de geração no Sistema Interligado Nacional (SIN).



